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O Argolão

O objectivo deste adereço é basicamente igual a de um cesto que se usa para recuperar um sargo, dourada, etc, mas tem uma diferença, um cesto quando desce pela seda abaixo e chega à água, é necessário que o peixe entre dentro e só ai puxamos a corda e recuperamos o peixe, com o argolão não, ao descer pela seda abaixo entra directamente na cabeça do safio na posição que desce e sendo um peixe de garro facilita a passagem entre .....

As minhas bóias

Já há algum tempo que andava a magicar como começar a construir bóias tipo peão para a pesca e enquanto não arranjei um bocadinho para me puder debruçar a sério sobre o assunto, não descansei!Como tal pus mãos à obra e começei por procurar em casas de materiais de bricolage o que era indispensável para elaborar as bóias e que o custo final não fosse demasiado dispendioso, em comparação com as bóias que se adquire em lojas de pesca.

Cesto(em processo)

Construção de um cesto para recuperação do pescado em certas situações......

O Argolão

Pois é, como ando com saudades de ir fazer umas pescas ao peixe de garro e uma vez que foi nesta vertente que começei a ter o meu primeiro contacto com uma cana de pesca, decidi fazer um acessório muito útil que ajuda a puxar aqueles barrotes com mais de dois quilos para cima. Sim, porque para quem não faz ideia de como este tipo de pesca se pratica, imagine o que é estar a pesca duma altura considerável e tiver o "azar" de engatar um barrote na casa dos oito quilos, de certeza que a puxar o sedelão à mão para cima vai custar bastante e com este adereço, a tarefa fica muito mais facilitada.

O objectivo deste adereço é basicamente igual a de um cesto que se usa para recuperar um sargo, dourada, etc, mas tem uma diferença,  um cesto quando desce pela seda abaixo e chega à água, é necessário que o peixe entre dentro e só ai puxamos a corda e recuperamos o peixe, com o argolão não, ao descer pela seda abaixo entra directamente na cabeça do safio na posição que desce e sendo um peixe de garro facilita a passagem entre os quatro espigões que estão direccionados ao centro e impede que o mesmo saia na direcção contrária espetando-os na cabeça do safio e ai toca de puxar a corda e recuperá-lo.





Para fazer este acessório não é preciso gastar muitos
aéreos, basta conseguir arranjar ferro de obra de 6mm e um bocado de uma vareta em aço de 4mm e depois é meter mãos à obra.


É necessário também ter alguns conhecimentos de
soldadura, pois não é fácil se nunca soldou, conseguir efectuar este trabalho sem ferir a vista com o clarão do eléctrodo, por isso é aconselhável pedir ajuda a entendidos na matéria.



Medidas:
4 varas de ferro 6mm com 28cm
1 circulo de ferro 6mm com 24cm de diâmetro
1 circulo de ferro 6mm com 6cm de diâmetro
4 varas de aço de 4mm com 10cm
2 peças em chapa para fechar o argolão



Existe a opção de fazer isto tudo em inox, mas ai o custo também será mais elevado em relação a este. Por fim, é aconselhável dar um tratamento de zinco principalmente nas soldaduras e pintar o argolão com uma tinta que seja à prova de àgua salgada e voilááááááááá´!!!




Existem outros tipos de argolão que até dão para ajudar a tirar peixes de escama de grande porte, mas este é somente para o safio.


Um abraço

Revista "O PESCADOR"

Caros amigos, a edição de Dezembro d'O PESCADOR já está à venda!

Nesta edição:
• Conheça os segredos dos pescadores de topo… em todas as técnicas!
• Veja os mapas detalhados de alguns dos melhores pesqueiros da costa alentejana
• Domine a pesca aos sargos e a manobra de fundear


O Fundo da Linha

É um mundo que desconhecemos, no entanto já está fortemente ameaçado pelas redes que por onde passam, destroem completamente tudo, merecem nossa reflexão.



O oceano profundo é o maior ecossistema do planeta, porém, continua amplamente inexplorado. Quanto mais desvendamos os seus mistérios, mais descobrimos o quão único este mundo estranho realmente é.

Fonte: Greenpeace



Pesca no fim da linha

Documentário «the end of the line» estreia dia 16 de Novembro



Imaginemos oceanos sem peixes, refeições sem marisco, a indústria pesqueira a caminho do fim. Que consequências globais poderia ter? O documentário «The end of the line» («O fim da linha»), realizado por Rupert Murray, estreia a nível nacional a 16 de Novembro, data em que se comemora o Dia Nacional do Mar. A Plataforma de Organizações Não Governamentais Portuguesas sobre a Pesca (PONG-Pesca) organiza, na Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa), uma sessão especial às 17h, onde será apresentado o filme.

O documentário estreou no Sundance Film Festival (World Cinema Documentary Competition), em Janeiro, e mostra os efeitos devastadores do ‘overfishing’ (apanhas globais de peixes selvagens e espécies em perigo) nos nossos oceanos. Este excesso de pesca foi reconhecido como um dos maiores problemas e com efeitos imediatos no ambiente, em 2002, quando ficou demonstrado que o ‘overfishing’ atingiu o pico em 1989 e agora está em declínio.

«The end of the line» é um filme independente, rodado ao longo de dois anos, e que seguiu de perto os passos do repórter de investigação, Charles Clover – que é também autor do livro homónimo –, enquanto ele confrontava políticos e celebridades em restaurantes. Filmado numa espécie de volta ao mundo, desde o Estreito de Gibraltar aos litorais do Senegal e Alasca, ao mercado de peixe de Tóquio – caracteriza cientistas superiores, pescadores nativos e funcionários de execução de pescarias.

A PONG-Pesca tem como missão promover a exploração sustentável dos recursos pesqueiros, em todas as suas vertentes, ecológica, social e económica, tendo em vista a preservação dos ecossistemas marinhos e o desenvolvimento das comunidades costeiras ligadas a esta actividade.

Os avisos dos cientistas 


Segundo os cientistas, se continuarmos a pescar tal como o fazemos agora, grande parte dos peixes desaparecerão por volta de 2048. O documentário surge com o objectivo principal de acordar o mundo para uma realidade bem mais próxima do que se pensa e não pretende apenas alertar pescadores que praticam pesca ilegal, políticos que ignoram os avisos do investigadores, mas também consumidores que compram espécies em perigo de extinção sem o saberem, segundo se lê na página oficial de «The end of the line».

A obra propõe soluções simples: controlar o sector da pesca, reduzindo a quantidade de barcos pelo mundo, proteger áreas reservadas, educar o consumidor a comprar apenas peixe devidamente certificado (pesca sustentável).

A exibição especial de «The End of the Line» na Gulbenkian será seguida de uma discussão com o autor, Charles Clover; cientistas pesqueiros, representantes governamentais e do sector das pescas e, o coordenador de Desenvolvimento de Políticas da Direcção Geral dos Assuntos Marítimos e da Pesca da Comissão Europeia, César Deben.


Fonte: CiênciaHoje

Revista O PESCADOR — edição de Novembro já nas bancas!

Caros amigos, a edição de Novembro d'O PESCADOR já está à venda!



Nesta edição:

• aos robalos no surf casting, no spinning e na pesca à bóia

• conheça todos os passos necessários para ter um barco de pesca!

• reportagens, humor, passatempos e muito mais







E não se esqueça

Este mês, temos duas EDIÇÕES ESPECIAIS d'O PESCADOR, à venda em todo o País: uma só

de PESCA EMBARCADA... e outra de PESCA AO ACHIGÃ! Procure nas bancas ou encomende

directamente pelo tel. 213 085 048 ou pelo e-mail geral@joeli.pt.


Um abraço

"Da Terra ao Mar"

No passado dia 20 de Setembro passou na RTP2 o programa "Da Terra ao Mar" , onde o assunto debatido foi a Pesca Desportiva que teve como protagonista principal João Borges, Presidente da Associação Nacional de Pescadores Lúdicos e Desportistas(ANPLED).

Deixo-vos aqui o video da reportagem


Entrevista da ANPLED from xpto xpto on Vimeo.


Um abraço

Bruxelas modera proposta sobre pesca desportiva e lúdica




Os pescadores de fim-de-semana escapam por pouco à imposição de quotas. Bruxelas queria incluir as capturas da pesca desportiva e lúdica na contabilidade das quotas profissionais, mas perante a polémica, moderou a proposta apresentada aos ministros da Agricultura e Pesca dos Vinte e Sete reunidos no Luxemburgo.

A Comissão Europeia explica agora que quer apenas informações para ter uma ideia geral das capturas relativas a certas espécies e feitas apenas em alto mar. O porta-voz da Comissão afirma: “Segundo a nova proposta de regulamentação para melhor controlar a pesca, os Estados membros não são obrigados a contabilizar todas as capturas para as integrar nas quotas. Há apenas um aspecto e é sensível. É a obrigação de avaliar a impacto da pesca desportiva e lúdica face à recuperação das espécies e isso, sobretudo, em relação ao bacalhau e ao atum vermelho”.

A proposta é contestada por alguns Estados membros, enquanto outros se interrogam sobre a forma de contabilizar as capturas. Bruxelas deixa-lhes o caminho livre.

Mas a Comissão Europeia recebe o apoio dos ambientalistas. Aaron McLoughlin, da WWF, explica: “Penso que a Comissão quer levantar a questão da pesca desportiva por uma única razão: ela não tem ideia da amplitude do problema, no Mar Báltico é um problema e trinta por cento das capturas são feitas pela pesca lúdica. Não sabem e querem saber, é só isso”.

Em alguns países a pesca desportiva e lúdica tornou-se num verdadeiro sector económico. Na Suécia, por exemplo, os responsáveis sindicais dos pescadores afirmam que a pesca lúdica é dez vezes superior à profissional e no ano passado rendeu mais de 13 milhões de euros.

Copyright © 2009 euronews


Fonte: Euronews


    "Já agora era o que faltava"

DIA MUNDIAL DO MAR 2009

Ao preparar a Mensagem sobre o «Dia Mundial do Mar», que este ano se comemora a 26 de Setembro, consultei a Mensagem do Secretário-Geral da Organização Marítima Internacional, Sr. Efthimios E. Mitropoulos, subordinada ao tema escolhido para o Dia Mundial do Mar deste ano: “Alterações climáticas: um desafio também para a OMI!”.

Pela importância, profundidade, clareza e coerência do pensamento expresso e porque também para nós Portugueses, que fizemos do Mar o primeiro veículo de globalização, falar do Mar é falar de tudo, não resisto a partilhar excertos da referida Mensagem, convidando-vos a lê-la na integra em:

http://www.imarpor.pt/pdf/dmm/Mensagem_Secretário_Geral.pdf

“A humanidade enfrenta um dilema, porque, quer queiramos quer não, o nosso modo de vida colectivo tornou-se insustentável e precisamos de fazer algo a esse respeito, e depressa. As opções que temos tomado sobre os nossos estilos de vida têm vindo a degradar lentamente o próprio sistema de apoio que nos permite viver e respirar. Esta situação não pode, nem deve, continuar. Temos que tomar algumas decisões difíceis, temos que tomá-las agora e temos que actuar em uníssono, com um compromisso íntegro e total, agora e no futuro. Perante factos indiscutíveis, temos de considerar as nossas prioridades e aceitar que temos que fazer alguns sacrifícios. Temos que começar a colocar a “vida” à frente do “estilo de vida”.”

“A mensagem é clara: para sermos bem sucedidos na luta contra as alterações climáticas, devemos trabalhar juntos e desempenhar o nosso papel com a seriedade que as circunstâncias exigem. Se o problema não tem em conta as fronteiras traçadas pelo homem, então a solução também não. Todos nós temos a responsabilidade para adoptar medidas audazes, conjuntas e coordenadas que não só impulsionem rapidamente a recuperação do planeta, mas também lancem uma nova era de um compromisso sério e significativo para evitar que uma crise, como aquela que actualmente enfrentamos, piore ou volte a repetir-se. Se trabalharmos juntos, com um sentido de responsabilidade para com as gerações futuras, os acordos que resultarão da Conferência de Copenhaga deste ano poderão ter um valor autêntico e duradouro.”

“Do ponto de vista humano, problemas complexos como a pobreza, a doença, a desigualdade no desenvolvimento económico e o crescimento da população são factores adicionais que contribuem para agravar e complicar o problema. As alterações climáticas e a nossa resposta aos problemas multifacetados que representam tornaram-se no “desafio que define a nossa época”.”

Mais palavras para quê?...

Resta-nos fazer o que estiver ao alcance de cada um de nós para que, tal como também é referido na mensagem, a comunidade mundial obrigue os seus dirigentes a actuar e que os Ministros e os chefes de Estado actuem “decisivamente e em uníssono na reunião de Copenhaga, em Dezembro deste ano, para acordar num novo tratado de luta contra as alterações climáticas que suceda ao Protocolo de Quioto.”

Alterações climáticas: um desafio também para todos!



Faro, 24 Setembro de 2009

O Governador Civil,

Carlos Silva Gomes


Fonte: Governo Civil de Faro

Pesca nocturna vai ser permitida


A pesca lúdica nocturna vai voltar a ser permitida em algumas arribas do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. O Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) deverá publicar dentro de dias – provavelmente na próxima semana – um edital com cerca de duas dezenas de locais onde será possível pescar.


Segundo António Neves, porta-voz do Movimento de Cidadãos do Algarve e Alentejo (criado por pescadores lúdicos), a medida resulta de várias reuniões realizadas com a secretaria de Estado do Ambiente, entidade que delegou ao ICNB a tarefa de "efectuar, durante o Verão, o levantamento dos locais apropriados para a pesca nocturna".

António Neves realça que o principal critério de escolha dos pesqueiros "tem a ver com a segurança oferecida pelas arribas", sendo, por exemplo, excluídas as que apresentam pouca solidez. E acrescenta que, além do movimento de pescadores, foram auscultadas diversas entidades, nomeadamente autarquias, Protecção Civil, capitanias, administrações hidrográficas e Direcções Regionais de Pesca do Algarve e do Alentejo.

O número total de pesqueiros onde será permitida a pesca à noite poderá mesmo vir a ultrapassar as duas dezenas, abrangendo extensas zonas de arribas (algumas com mais de dois quilómetros), nomeadamente em Sagres.

Actualmente, a pesca nocturna na Costa Vicentina está limitada a praias não-concessionadas e às praias concessionadas fora do período de época balnear, bem como a zonas entre molhes para lá do limite de 300 metros.


Fonte: Correio da Manhã

Reunião na Direcção Geral das Pescas e Aquicultura




De acordo com o comunicado anteriormente, ocorreu no passado dia 3 de Setembro, uma reunião entre a Direcção da ANPLED e a DGPA.
Segue em anexo a esta informação, relatório sobre a mesma.

A direcção da ANPLED tinha solicitado há uns meses à DGPA informação sobre o valor das coimas aplicadas desde Agosto de 2006, preferencialmente divididas por capitania.

Foi-nos entregue agora, uma relação com parciais regionais ( Norte - Centro e Sul ) e nacional, tendo sido informados que os valores por capitania por nós solicitado, não reflectia a realidade, porquanto o levantamento de autos é incubência da Policia Maritima , mas também, da GNR, que como se sabe não depende das capitanias. Esta relação, de acordo com a informação que nos foi prestada, reflecte o ocorrido entre Agosto de 2006 e Junho de 2009.
Segue em anexo a relação que nos foi entregue
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REUNIÃO NA DGPA


Em representação da DGPA:
Sr.ª Subdirectora Geral Dr.ª Maria Helena Figueiredo
Sr.ª Chefe de Divisão dos Recursos Internos, Dr.ª Cristina Rosa.


Em representação da ANPLED:
João Borges
Fernando Sousa


Feitas as apresentações, a reunião teve início com a intervenção da Sr.ª Subdirectora Geral Dr.ª Maria Helena Figueiredo, informando que esta reunião esteve agendada para 29 de Junho, mas que desconhecia os motivos da sua não realização.


A ANPLED informou, nunca ter sido notificada desse agendamento pelo que insistiu nos pedidos para que esta reunião tivesse lugar.


Com a presença da Dr.ª Cristina Rosa, que tinha estado presente na reunião realizada na Secretaria do Ministério da Agricultura e Pescas e era conhecedora e portadora das questões e propostas de alteração à legislação, que a ANPLED havia transmitido ao Senhor Secretário de Estado, entenderam os representantes desta, fazer uma rápida abordagem sobre essas questões e dar maior realce a questões com maior dependência das decisões da DGPA, tais como a fiscalização e modo de actuação desta, os locais de proibição e sua sinalização, bem como as licenças para reformados.


Aproveitando a oportunidade, a ANPLED inquiriu a Dr.ª Cristina Rosa, sobre a utilização da toneira através de cana (dúvida levantada em reunião na Secretaria de Estado), a qual tinha ficado de esclarecer após consulta da legislação.


A Dr.ª Cristina Rosa, confirmou a restrição da utilização da toneira através de cana.


A ANPLED invocou as definições da portaria para linha de mão e cana de pesca, para dizer que ambas são idênticas, pelo que ambas se enquadram nas definições para a utilização da toneira.


A Dr.ª Cristina Rosa justificou a legislação, invocando que a toneira é um aparelho utilizado pelos pescadores profissionais e estes o utilizam apenas em linha de mão, pelo que não há razões para que na pesca lúdica e desportiva seja diferente.


Abordado o período de defeso do sargo, foi transmitido à Dr.ª Maria Helena Figueiredo, que a ANPLED e os pescadores lúdicos e desportivos, são contrários à sua instituição, nos moldes em que o mesmo foi instituído. São contrários, porque o Ministério do Ambiente diz não haver escassez de recursos e também por não ter qualquer impacto na preservação da espécie, uma vez que o mesmo não se aplica à pesca profissional. Por estas razões, os pescadores lúdicos e desportivos, são contrários a todo e qualquer período de defeso, cujo cumprimento não abranja também a pesca profissional.


A Dr.ª Maria Helena Figueiredo, mostrou-se compreensível com tais razões, mas invocou razões subsistência e de direito ao trabalho, para que tais períodos de defeso sejam extensíveis à pesca profissional. É muito complicado “mexer” com questões que impõem restrições a uma actividade profissional, disse.


A ANPLED argumentou que a ser assim, o que os pescadores lúdicos e desportivos pedem, é o fim do período de defeso do sargo. Assumem a sua reduzidíssima quota de responsabilidade no contributo para a eventual diminuição da espécie, mas não aceitam, que aqueles que
praticam a devastação da mesma, o façam impunemente por falta de fiscalização e sem quaisquer restrições. Os pescadores lúdicos e desportivos, testemunham muitas vezes essa devastação e outras situações de pesca ilegal. Infracções que requerem a intervenção dos agentes fiscalizadores e o que consta são que muitas das denúncias telefónicas feitas para as capitanias, ficam sem resposta efectiva com o argumento da falta de meios. É por isso necessário o reforço de meios e um melhor desempenho das acções de fiscalização.


A Dr.ª Maria Helena Figueiredo, confirmou que a DGPA é conhecedora de situações em que os pescadores profissionais se fazem passar por pescadores lúdicos, como é o caso de muitos profissionais que deram as embarcações para abate, mas continuam a actividade como falsos lúdicos, ou seja, profissionais. Outra situação, em que existe alguma actividade de falsos lúdicos, verifica-se em regiões como a Costa Vicentina, mas essas são situações que estão enraizadas e muitas delas são situações de subsistência. Embora os meios não sejam os suficientes, a fiscalização actua.


A ANPLED informou ser conhecedora de situações de sabotagem dos meios de fiscalização, ao que a Sr.ª Subdirectora informou estar a DGPA a tomar medidas para por cobro a essas situações, dotando os seus inspectores com viaturas descaracterizadas, ou de uso pessoal.


A ANPLED contrapôs, que os pescadores lúdicos e desportivos são parte interessada em defender os recursos e estão empenhados em denunciar os atentados e infracções com que se confrontarem. Para que tal seja mais fácil a todos os seus associados, a ANPLED inseriu no verso do cartão de associado, os números telefónicos das entidades com responsabilidades na fiscalização, entre as quais constam a DGPA e as Capitanias

Sendo o tema fiscalização, a ANPLED solicitou os dados estatísticos anteriormente requeridos, sobre as acções de fiscalização e valores das coimas aplicadas à pesca lúdica e desportiva.


A Dr.ª Maria Helena Figueiredo, informou que tais dados estavam disponíveis desde Junho.
Após a entrega desses dados, passou a enumerar os locais com registo de maior número de infracções, realçando que desses números, fazem parte alguns processos que envolvem falsos lúdicos, dando como exemplo o de alguns ex-profissionais que deram as embarcações para abate, bem como outros que numa primeira acção de fiscalização se fizeram passar por lúdicos, mas acabaram por ser detectados em infracção por várias acções de fiscalização, o que não deixa duvidas quanto à sua actividade. Fez menção ao parque Luís Saldanha, como sendo o local onde mais infracções têm sido identificadas.


A ANPLED, chamou a atenção para a importância das suas propostas de alteração da legislação, como são os casos da sinalização e revisão dos locais de proibição. A falta de sinalização é certamente o maior factor para a forte incidência de infracções verificadas nos parques Luís Saldanha e PNSACV. Não existindo sinalização nos locais de proibição, é difícil senão impossível, identificar através dos mapas e coordenadas, os locais interditos à pesca lúdica. Da mesma forma, é também impossível ao pescador lúdico, identificar os limites de concessão das praias, pelo que consideramos que a falta de sinalização dos locais interditos, contribui para que o pescador menos informado e conhecedor da região, esteja a transgredir sem conhecimento do facto.


A Dr.ª Maria Helena Figueiredo, informou, que tem sido recomendado aos agentes fiscalizadores, que perante uma primeira infracção, devem ter uma acção mais pedagógica junto do infractor, sendo conhecedora que essa tem sido uma prática comum.
Embora a sinalização possa ser retirada, reconheceu que a mesma é útil e que a sua inexistência contribui para a ocorrência de infracções. Por tal facto, tem a DGPA, na sua pessoa, procedido ao arquivamento dos processos, em que numa primeira vez, o infractor argumenta o desconhecimento da proibição de pescar no local da infracção. A excepção a esta regra tem sido os casos em que se verifica reincidência.


Tanto a Dr.ª Maria Helena Figueiredo, como a Dr.ª. Cristina Rosa, tomaram apontamentos, dizendo que em futuras reuniões com os responsáveis pelos parques naturais, iriam recomendar a instalação de sinalização nos locais de proibição.


Para reforçar a sua posição sobre os locais de proibição, a ANPLED, solicitou a revisão dos locais de proibição nos centros urbanos, ainda que em regime de exclusividade, afim de permitir aos portadores de deficiência, a pratica de pesca lúdica em locais de mais fácil acesso, sem que tenham de recorrer a locais, onde a sua integridade física é colocada em risco.


A Dr.ª Cristina Rosa questionou-se sobre o porque de as associações de deficientes, não se terem manifestado sobre tal assunto.


A ANPLED disse também desconhecer os motivos e achar tal facto estranho, ainda mais, quando se no seio de uma associação de deficientes bastante conhecida, existem núcleos de pescadores.


A Dr.ª Maria Helena Figueiredo confirmou que a proibição de alguns locais é limitadora para pessoas com deficiência, tendo tomado apontamentos, não sem antes se ter questionado como é que iria ser feita a identificação da pessoa com deficiência, recordando-se então que poderia ser através do cartão de que habitualmente são portadores e os identifica.


Em seguida a ANPLED, recordando as declarações do Sr. Secretário de Estado da Agricultura e Pescas, solicitou também à DGPA, a revisão do licenciamento para maiores de 65 anos, cancelando a obrigatoriedade de serem portadores de licença.


A Sr.ª Subdirectora tomou apontamentos, dizendo que aquando da elaboração da nova tabela de licenças, essa situação iria ser abordada e analisada.


Por fim a ANPLED abordou as limitações à pesca nocturna no PNSACV, dizendo que era conhecedora da realização de reuniões para definição da legislação, mas que lamentavelmente a tutela continuava a optar por não ouvir os praticantes, fazendo aquilo que bem entende, ainda que seja errado. Os pescadores e neste caso concreto, os pescadores locais, tal como a ANPLED, não irão aceitar, a forma como os seus interesses e o futuro da actividade têm sido tratados. A ANPLED foi criada para defender os interesses da pesca lúdica e desportiva e os recursos naturais. Somos favoráveis ao diálogo e como tal pretendemos ser parte activa nas definições do que à actividade diz respeito. Como tal, não “vemos com bons olhos” que tais definições, sejam resolvidas sem ouvir os pescadores.


A Dr.ª Maria Helena Figueiredo e a Dr.ª Cristina Rosa, informaram que iriam ter uma reunião com os responsáveis pelo PNSACV e que iriam chamar a atenção para tal facto.


Terminada a reunião, a ANPLED agradeceu a disponibilidade da DGPA em ter recebido a ANPLED, tendo a DGPA agradecido a intervenção e colaboração que a ANPLED tem prestado.

Fonte: ANPLED

Como praticar a pesca no PNSACV

Para aqueles que pretendam praticar o seu hobbie preferido em terras do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, e além do conhecimento que têm das belas portarias que foram elaboradas para a pesca lúdica, deixo-vos aqui um documento feito pelo ICNB que ilustra bem como podem usufruir do parque, nas modalidades de Apanha Lúdica, Pesca Lúdica e Pesca Submarina.

Nota: No documento há uma referência aos pesqueiros autorizados pelo ICNB onde se pode praticar a Pesca Lúdica entre o pôr-do-sol e o nascer do sol, mas o que é certo é que ninguém sabe quais são,(mais uma lacuna) mas esperemos em breve saber até porque, a portaria 458-A 2009, saiu a 4 de Maio, o que faz três meses sem se saber onde se pode pescar à noite!!!


Um abraço

O PESCADOR — edição de Setembro já nas bancas!

Caros amigos, a edição de Setembro d'O PESCADOR já está à venda!

Nesta edição:
• montagens de surf casting de todo o País
• entrevista com ‘o homem dos recordes’ Luís Ceia
• reportagens, humor, passatempos e muito mais!



Não perca!!

Edição de Agosto já nas bancas

Caros amigos, a edição de Agosto d'O PESCADOR já está à venda!

Nesta edição:
• dezenas de ideias práticas para aplicar no pesqueiro… ou em casa
• poupe milhares de euros — veja como cuidar do motor do seu barco
• reportagens, humor, passatempos e muito mais!


Não perca!!!

Edição especial d´O PESCADOR


Caros amigos, a edição especial de pesca embarcada d'O PESCADOR já está à venda!

Nesta edição:
• artigos práticos de barco fundeado, zagaia e big game
• 7 das principais espécies de norte a sul
• o maior guia nacional de equipamentos: barcos, motores, electrónica marítima, canas, carretos e muito mais!


Não perca !!!!

Restrições vão criar “dissabores” aos veraneantes na costa alentejana

O Movimento de Cidadãos do Alentejo e Algarve para a Pesca Lúdica prevê que possam surgir “dissabores” na costa alentejana, devido às restrições impostas à apanha de polvo, percebes, bivalves, entre outros mariscos. Mariscar é uma actividade que muitos veraneantes não dispensam e que está proibida a não residentes nos concelhos limítrofes do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Carlos Carvalho, porta-voz do Movimento, afirma que, por desconhecimento, muitos turistas terão problemas com as autoridades, algo que já aconteceu. Por outro lado, segundo, este responsável, há quem tenha conhecimento da lei e optado por gozar férias no Sul de Espanha, onde não existem restrições.
Fonte: Rádio Pax

14ª Feira de Caça, Pesca e do Mundo Rural

Para quem estiver no Algarve e gostar de actividades relacionadas com a natureza, esta é uma boa sugestão!




Para consultar o programa, é só clicar em cima da imagem.

Um abraço

O mar é nosso

Depois de visitar o blog do Fernando Encarnação e ler este post, sinceramente quase me senti responsável por divulgá-lo no meu blog, pois mostra claramente, o impacto que uma lei mal elaborada pode ter, não só no comércio, mas também numa comunidade que dedicou toda a sua vida ao mar!!

O filme O Mar é Nosso, realizado por Tiago Cravidão e produzido pela Revista Rubra, ganhou o prémio Melhor Grande Reportagem na primeira edição do Grande Angular - Festival de Jornalismo Televisivo. "que na minha foi muito bem merecido"

Muito me entristece ouvir estes depoimentos

A minha nova aquisição

Pois é, já há algum tempo que namorava esta peça de metal pelas suas boas características e decidi que já era tempo de vir fazer companhia ao resto do material, pois estava a Titanus Laredo á espera de marido, como tal hoje deu-me na tola e não pensei duas vezes, fui à loja do meu conterrâneo Rui Mimoso (Lojadapesca) e trouxe-o comigo, o Banax SI1600DXB.






É deveras uma pequena máquina com uma boa constituição, que para quem lhe quiser dar uso, poderá utilizá-lo na para a pescá bóia, ao spinning ou no buldo que decerto não lhe irá deixar mal.


Eu vou fazer o teste nas falésias aqui desta costa e julgo que não me vai deixar mal, mas só depois o direi.




As suas características são:
*6 Rolamentos com protecção contra água salgada
*Discos de drag em carbono
*Anti-reverse
*Corpo e rotor em power metal
*Bobine em alumínio
*Manivela de luta em Alumínio rígido
*Sistema balanceado do rotor
*Worm shaf
*Ratio 4.6:1
*Roler em titânio
*Peso 480gr
*Capacidade de linha mm/mt - 0.32/220 0.35/260 0.40/210









Traz também uma bobina extra em alumínio

Um abraço e até breve

Pesca de familia IV

Ontem para aproveitar o último dia de férias, decidi acompanhar o meu tio e o Júlio numa pescaria.

Cedo partimos na esperança de que fosse mais um dia daqueles em que o peixe fosse constantemente picando e desse modo pudéssemos efectuar umas boas capturas.
Depois de observamos as condições do mar, que se apresentava com água um pouco verdosa e mexida, as previsões eram relativamente boas e como tal começámos logo a migar as sardinhas para engodo.

Quando começámos a pescar e ao longo da dia, notou-se perfeitamente que o peixe era pouco ou nenhum, lá iam saindo uns peixitos mas nada de especial, só o Júlio tirou um bom robalo na casa dos 2 quilos e outro mais pequeno, mas como fomos só prá pesca com ou sem peixe, o tempo ali passado foi sempre bom.

Entretanto, ao nosso lado encontravam-se mais pescadores, um deles bem conhecido de nós que é um pescador com P grande, o Zé. Para ele a pesca já não tem segredos e na altura estava a tentar capturar robalos e que ao fim de um bocado revelou-se frutífera quando o ouço gritar a pedir um cesto, pelo que corri logo disponibilizando o meu e toca de o auxiliar na recolha do peixe, era um robalo com um quilo e meio. Um bocado mais tarde outra vez, ele a gritar pelo cesto e como ele já me tinha dito para eu não enrolá-lo da ultima vez, já lá o tinha ao pé dele e desta vez foi o meu tio a auxiliá-lo, era um robalo para uns 3 quilos. Este homem estava mesmo em grande, mas quem sabe sabe e o resto é conversa, Uma meia hora depois, novamente ele a gritar pelo cesto e lá fui eu a correr ajudá-lo e quando olhei para dentro de água, reparei que era um daqueles troncos e toca de meter cesto, quando chegou cá acima, notava-se perfeitamente que era bicho para mais de 5 quilos á vontade e para ele a pesca ficou feita!!!

Deu-me mesmo muito gozo ver e ajudar ele a apanhar aqueles peixes, porque não é todos os dias que se vê peixe a morrer assim!!
Já no final da tarde, decidi experimentar a minha sorte aos robalos e logo no primeiro lançamento que fiz, um senhor tronco foi direito ao isco, mas á ultima da hora virou de direcção. Fiz nova tentativa com um lançamento lá para bem longe e esperei e ao fim de um bocado senti dois toques e quando dei a ferrada não senti nada, esquisito e depois senti novo toque e puxei até sentir um grande peso a trabalhar e desta vez fui eu a pedir o cesto, pois era um bom robalo que tinha 2 quilos e quando chegou cá acima fiquei satisfeito, pois vi logo que tinha ganho o dia!!


Aqui fica a foto de 2 dos 5 robalos que o meu cesto ajudou a tirar.


Um abraço e até á próxima

Revista "O PESCADOR"

Já se encontra nas bancas o Nº 12 da revista O PESCADOR

Nesta edição:
■ artigos práticos em pesca embarcada, de costa e em águas interiores
■ secções de informação: notícias e reportagens
■ rubricas de humor, passatempos e muito mais!

Esta edição é especial, pois marca o primeiro aniversário da revista.

1º Convívio Oceano Ibérico



Para quem gosta de conjugar a pesca com o convivio, este é sem dúvida um evento a não perder.

Saiba mais aqui

Ambientalistas contra Governo


O Governo recuou nas restrições à pesca lúdica na Costa Vicentina devido aos protestos dos autarcas e dos pescadores, mas acabou por abrir uma frente de batalha com os ambientalistas. Estes reclamam a reintrodução das normas anteriores, considerando que se está perante uma "lamentável" cedência "a pressões".

De acordo com Francisco Moreira, dirigente da Liga para a Protecção da Natureza (LPN), "as alterações não fazem qualquer sentido", vindo a "anular ou reduzir os efeitos positivos das que constavam na anterior portaria".

Para a LPN, a diminuição do período de interdição à captura de sargos – que passou de três para dois meses – volta "a aumentar a pressão durante um período sensível do ciclo de vida desta espécie", ou seja, na "desova". Outro motivo de crítica prende-se com o facto de ter aumentado a quantidade diária de peixes que pode ser capturada, dado que o exemplar maior já não conta para o cálculo do limite máximo de 7,5 quilos .

A LPN defende que os verdadeiros pescadores lúdicos deviam perceber que "são os primeiros a ganhar com a preservação dos recursos na Costa Vicentina" Defende ainda um reforço da vigilância e fiscalização, bem como o alargamento das restrições a toda a costa portuguesa e uma regulamentação mais apertada para a pesca profissional.

Portaria da pesca lúdica no Parque Natural da Costa Vicentina não será suspensa

«A portaria da pesca lúdica no Parque Natural [Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina] não será suspensa», garantiu ao «barlavento» Humberto Rosa, secretário de Estado do Ambiente.

Humberto Rosa afirmou inclusive que a manifestação dos pescadores do Algarve e Alentejo que teve lugar no domingo, dia 24, em Lisboa, era «desnecessária», pois a portaria não será suspensa, apesar do que os desportistas exigem.

O facto foi que os números que a organização previa, seis mil manifestantes, ficou muito aquém da estimativa.

O secretário de Estado falava à margem da inauguração do Centro de Reprodução do Lince, na Herdade das Santinhas, em Silves, na sexta-feira passada.

Os protestos já adiantaram algo no passado, mas agora poderão ser desnecessários. É que quanto à portaria, «para já, não haverá mais alterações, nem a sua suspensão, até porque será revista ao fim de um ano de estar em vigor. Será reavaliada e, depois, reconsiderado o que for necessário», sublinhou Humberto Rosa.

Os pescadores já se tinham manifestado em Sagres e em Odemira devido às restrições impostas pelas portarias 143 e 144, de 5 de Fevereiro.

Entretanto, o Governo recuou e aprovou uma nova portaria «que soluciona as principais questões colocadas», justificou o secretário de Estado do Ambiente.Entretanto, a Liga para a Protecção da Natureza (LPN), no dia seguinte à manifestação dos pescadores, emitiu um comunicado, onde defende que as alterações da portaria 458-A, de 4 de Maio, anulam ou reduzem os efeitos da portaria 143, considerando «lamentável o Governo ter cedido às pressões de alteração do regulamento exercidas por alguns pescadores e pelas Câmaras Municipais da região».

Segundo esse comunicado, a LPN compreende «os protestos dos pescadores lúdicos quando afirmam que a pesca profissional é a maior causa da diminuição dos recursos pesqueiros, e continuará a envidar todos esforços para que esta venha a ter uma regulamentação mais sustentável», mas afirma que «só os pescadores lúdicos mal informados sobre os benefícios da implementação destas regras» podem «defender o livre acesso ao mar».

Entretanto, os movimentos dos pescadores têm a intenção de se organizarem para fazer iniciativas de preservação e limpeza dos pesqueiros.

Ao «barlavento», o secretário de Estado Humberto Rosa disse que essas medidas são necessárias. «É preciso limpar os pesqueiros e, desde logo, os pescadores são bons agentes. Também temos que identificar os locais que são seguros para pescar à noite e identificar os trilhos de acesso que são adequados», avançou.


Fonte: Barlavento Online

Manifestação em Lisboa deverá juntar 6 mil pescadores


Os pescadores vão manifestar-se esta tarde, em Lisboa, contra a legislação que regula a pesca lúdica no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e da Costa Vicentina, num protesto em que esperam juntar cerca de seis mil pessoas.

Apesar das alterações às portarias 143 e 144/2009 contra as quais os pescadores lúdicos têm vindo a protestar, os organizadores mantiveram a manifestação agendada para esta tarde, às 15h00, no Marquês de Pombal, por considerarem que as "alterações introduzidas" ficaram "muito aquém" das suas reivindicações.

"As rectificações que fizeram, para nós, foram de pequenos erros técnicos", afirmou, em declarações à Lusa, Carlos Carvalho, do movimento Cidadãos do Sudoeste Vicentino, entidade que organiza o protesto em conjunto com o Movimento Pescadores Lúdicos de Portugal e o Movimento Mar Público.

As alterações em questão entraram em vigor com a publicação da portaria 458-A/2009, a 04 de Maio, que altera algumas disposições das portarias 143 e 144/2009 de 05 de Fevereiro e revoga a portaria 868/2006.

Os pescadores lúdicos, que esperam cerca de seis mil pessoas na manifestação, voltam agora a exigir a revogação das portarias, depois da "terceira alteração" à lei nesta matéria e de terem já protestado este ano em Sagres e em Odemira.

O porta-voz do movimento diz que as alterações "não têm qualquer base científica", exemplificando com o "período de defeso do sargo" de 15 de Janeiro a 15 de Março, quando a restrição não se estende a pescadores profissionais, ou a "discriminação positiva" na apanha do marisco, que restringe esta actividade a naturais residentes nos concelhos do Parque Natural.

"Um estudo da Universidade do Algarve aponta que os pescadores lúdicos apanham 0,5 por cento da quota de pescado a nível da Costa Vicentina, os restantes 99,5 são apanhados pela pesca profissional. Afinal, estão a proteger que espécies", questionou

Carlos Carvalho apontou ainda, em declarações à Lusa esta semana, contradições entre a legislação publicada pelo Ministério do Ambiente e pelo Ministério da Agricultura e Pescas. "A questão da alteração da lei, que restringe a pesca à quarta-feira, está mal redigida pelo legislador. A Direcção-Geral das Pescas diz que é proibido pescar aos feriados, mesmo que seja quarta-feira. O Ministério do Ambiente enviou-me um ofício a dizer que se pode pescar à quarta-feira e aos feriados", argumentou.

Fonte do Ministério da Agricultura e das Pescas assegurou entretanto, em declarações à Lusa, que os dois Ministérios têm o "mesmo entendimento" da portaria.

A mesma fonte esclareceu que "a proibição de pesca só se aplica às quartas-feiras, sendo suspensa quando neste seja feriado", tendo acrescentado que esta é uma portaria "complexa", que envolve, para além dos ministérios referidos, o da Economia e da Defesa, e a Presidência do Conselho de Ministros.

Pesca lúdica: Manifestação em Lisboa. Do Marquês à Assembleia da República



Convocada pelo “Movimento Cidadãos do Sudoeste” realiza-se no sábado em Lisboa, uma manifestação nacional de protesto contra a legislação da pesca lúdica.

Do Marquês de Pombal à Assembleia da República, é como o “Movimento Cidadãos do Sudoeste” apelida a manifestação nacional de protesto que se realiza sábado em Liasboa, contra a legislação que regula a apanha do marisco e a pesca lúdica e, pelos direitos de acesso ao mar, por parte das populações mariscadores de todo o País.

Carlos Carvalho, porta-voz do movimento, afirma que o Governo vai ficar a saber que “a guerra não termina, enquanto as portarias não forem revogadas”.

Os manifestantes exigem a anulação imediata das portarias 143 e 144/09 e a queda automática da anterior portaria, a 868/06, que regula a apanha do marisco e a pesca lúdica.

Menos trinta mil na pesca lúdica

Crise: Grande redução no último ano em comparação com 2007

Há cada vez menos portugueses que se dedicam à pesca desportiva de mar nos seus tempos livres. No ano passado foram emitidas menos 30 665 licenças do que no ano anterior, mantendo-se essa tendência de descida no corrente ano, segundo dados da Direcção-Geral das Pescas e Aquicultura (DGPA). A crise e o apertar das regras para o exercício da actividade estarão na origem da drástica redução de praticantes.

De acordo com a DGPA, em 2007 foram emitidas 201 522 licenças para os diversos tipos de pesca (apeada, em embarcação e submarina), enquanto em 2008 o número desceu para 170 857. Nos dois primeiros meses deste ano, cifrou-se em 26 064. O número médio por mês em 2007 era de quase 17 mil e no corrente ano ronda as 13 mil (quebra de mais de 20%).

"As restrições que foram impostas à pesca lúdica levaram muitas pessoas a desistir da actividade", explicou ao CM Mário Barros, da Associação Nacional dos Pescadores Lúdicos e Desportivos. Este dirigente realça ainda que "houve muitos pescadores que optaram por não tirar a licença como forma de protesto contra a actual legislação".

Outra possível explicação para a redução no número de licenças é a crise. "As pessoas vêem-se na necessidade de reduzir os gastos e, por consequência, há quem opte por não gastar dinheiro para obter uma licença", salienta. As licenças custam entre 3 euros e os 200 euros, de acordo com o tipo de pesca, a duração e a área.

MANIFESTAÇÃO EM LISBOA

A decisão do Governo em ‘aliviar’ as restrições impostas à pesca lúdica no Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina não foi suficiente para impedir a marcação de uma manifestação de pescadores no próximo dia 24, em Lisboa.

Carlos Carvalho, do designado Movimento de Cidadãos do Sudoeste, revelou que o protesto terá a adesão de pescadores de todo o País, na defesa "do direito ao mar", sendo esperados "cerca de seis mil manifestantes".

Segundo os promotores, a legislação publicada este ano contém "injustiças", representando "a ponta do icebergue de um pacote legislativo mais vasto". No caso do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, pretendem, entre outras reivindicações, que os não-residentes tenham o direito de mariscar e de pescar todos os dias e à noite.

SAIBA MAIS

REUNIÕES

A Associação Nacional de Pescadores Lúdicos e Desportivos reúne-se esta semana com o secretário de Estado das Pescas e com os grupos parlamentares do PCP e do PS. O objectivo é sensibilizar o poder político para a necessidade de serem feitas alterações à legislação.

124 230 número de licenças para a pesca lúdica, válidas em 28 de Fevereiro deste ano.

95 653 das licenças válidas em Fevereiro correspondiam à pesca apeada, 22 644 à embarcação e 59 33 à pesca submarina.

PROTESTOS

Os pescadores já realizaram duas manifestações contra os condicionalismos à pesca na Costa Vicentina, obtendo algumas cedências do Governo.

Pesca de familia lll

Na quinta-feira passada dois cotas(tio e amigo)foram pescar algures por esta costa algarvia e ao contrário das últimas vezes safaram a pesca.


Os sargos pelos vistos estavam em dia sim e quando assim é, há que aproveitar, pelo menos o tempo passa e captura-se algum peixe. No fim de contas cada um apanhou cerca de 5 quilogramas o que não foi nada mau.



Um dos exemplares era de quilo como se pode ver na foto.



Um abraço

Pesca "Fenomenal"

No sábado como combinado com o meu amigo Pedro C(T)osta, fomos tentar a nossa sorte ás meninas de testa dourada, porque já tínhamos ouvido rumores de algumas capturas destas maganas aqui bem perto e como tal, lá fomos nós!!!
Com aquele tal isco bem rijinho que fomos apanhar na quarta-feira, ás 05h30m da madrugada foi a hora marcada para a passagem na minha casa, para me dar boleia.

Chegádos ao pesqueiro, havia já dois companheiros que tinham ido fazer um bocado da noite também para tentar a sua sorte ás maganas, mas elas não apareceram!!!
Quando começou a amanhecer, o céu mostrou-se encoberto e havia a possibilidade de levarmos uma molha, mas como quem corre por gosto não cansa, toca de montar o arsenal e depressa foi chumbadas para dentro de água.

Ao fim de umas boas horas, depois de fazer um bom relâmpago lá ao fundo veio um vento quente e como estávamos quase a dormir porque não sentíamos nada, comecei a ouvir uns estalitos do lado de uma cana minha. Levantei-me a pensar que tinha um peixe a puxar-me a linha e que a bobina estava a cantar muito lentamente!!!!!!

Quando olhei para a bobina do carreto, verifiquei que a mesma estava parada, mas os tais estalitos, não paravam de se ouvir e como o Pedro estava ao pé de mim, ainda pensei que estava a brincar comigo com alguma coisa que tinha no bolso, mas não!!!!
Qual não é o meu espanto, quando olho para o suporte!!!!!! Estava a passar faiscas entre a cana e o suporte da mesma e cada vez intensificava-se mais a cadência e depressa todas as canas inclusivé a dos outros companheiros que lá estavam, também começaram a fazer o mesmo!!!!!!

Fiquei estupefacto com tal fenómeno!!!!! Nunca tal na vida me tinha acontecido e ainda bem que tinha a câmara comigo para o puder comprovar. Julgo que teve a ver com o relâmpago que fez, mas não sou a pessoa mais entendida nessa matéria.

Aqui vos deixo o vídeo com o fenómeno(reparem bem nas faiscas):





Como dizia o Fernando Pessa " E esta hem?"


No final só o Pedro é que se safou com um ruivo e uma dourada que pesou 1,300kg



Um abraço

Esclarecimento sobre os dias de pesca

Pois é, está desmistificada a tal dúvida se podia-se pescar aos feriados ou não.

No blog do Fernando Encarnação (Aqui), podem visualizar a prova disso. É a resposta a um pedido de esclarecimento por parte do Sr. Carlos Carvalho, pessoa que tem feito bastante força para tentar inverter estas portarias sem nexo nenhum.

Um abraço e não se esqueçam que dia 10 de Junho(quarta-feira) podem pescar.

Revista "O PESCADOR"

Já está nas bancas a edição de Maio da revista "O Pescador"



Em especial destaque, a nova Associação da pesca lúdica portuguesa e a entrevista exclusiva com João Borges!
Um abraço

Apesar da revisão das Portarias, pescadores lúdicos convocam manifestação em Lisboa

Pescadores descontentes com alterações das portarias que regem permissões de pesca na Costa Vicentina

Em mais um acto de luta contra as restrições de pesca impostas pelas Portarias 143 e 144, e apesar destas já terem entrado em vigor com a publicação da Portaria 458-A/2009 no passado dia 4 de Maio, os movimentos Cidadãos do Sudoeste, Pescadores Lúdicos de Portugal e Mar Público marcaram para dia 24 de Maio uma manifestação de protesto em Lisboa.

Apresentando o slogan "Mar Privado? Não, Obrigado!", a nota de imprensa divulgada pelos movimentos reflecte o desacordo com as novas leis criadas pelo governo, que passam a limitar o período de pesca lúdica de algumas espécies e proíbem mesmo a pesca de recreio em algumas zonas da costa vicentina.

Reclamando o livre acesso aos recursos do mar, qualificam a legislação existente como "aberrante". "A luta que os pescadores portugueses têm vindo a travar desde há dois anos contra a aberrante legislação da pesca lúdica mais uma vez obrigou o governo a modificar a portaria", lê-se no comunicado. Ainda assim, e apesar das alterações, consideram que se mantiveram na lei "os aspectos negativos e repressivos".

No comunicado, os movimentos de pescadores dizem repudiar uma Portaria que coloca restrições de pesca à quarta-feira, assim como às quantidades de marisco que podem ser pescados. Mostram-se ainda descontentes com aquilo que consideram ser "os valores escandalosos das multas", considerando que esta é "uma portaria destruidora do convívio tanto na costa alentejana como em todo o país".

O comunicado termina ainda com um ataque às políticas e os pacotes legislativos do governo: "as leis da pesca são a ponta do iceberg de um conjunto legislativo mais vasto que inclui a privatização das áreas protegidas e das matas nacionais e que visam abrir caminho a mais de 140 projectos de Potencial Interesse Nacional (PIN), argumentam.

A manifestação nacional de dia 24 organizada pelos movimentos Cidadãos do Sudoeste, Pescadores Lúdicos de Portugal e Mar Público têm o início marcado para as 15 horas e partirá do Marquês de Pombal em direcção à Assembleia da República.


Fonte: Região Sul

Alterações ás portarias 143 3 144/2009 (Portaria 458-A)



Principais alterações efectuadas na portaria 143/2009 (PNSACV):

Antes:
1 — A pesca lúdica no PNSACV só é permitida nos
seguintes períodos:
a) De quintas -feiras a domingos e aos dias feriados;
b) Entre o nascer e o pôr do Sol.


Agora:
a) Todos os dias da semana, com excepção da quarta-
-feira, e aos dias feriados;


Antes:
3 — Sem prejuízo da aplicação dos períodos de defeso
fixados na legislação em vigor para a pesca comercial e
na regulamentação para a apanha comercial do perceve no
PNSACV, é interdita a captura de:
a) Sargos, Diplodus sargus e Diplodus vulgaris, entre
1 de Janeiro e 31 de Março;


Agora:
a) Sargos, Diplodus sargus e Diplodus vulgaris, entre
15 de Janeiro e 15 de Março;


Antes:
1 — Para as espécies de peixes e cefalópodes, o peso
máximo total permitido de pesca diária é de 7,5 kg.


Agora:
1 — Para as espécies de peixes e cefalópodes, o peso
máximo total permitido de pesca diária é de 7,5 kg, não
sendo contabilizado para o efeito o peso do exemplar
maior.


Na portaria 144/2009 a principal alteração e que não tinha fundamento nenhum:

Antes:
1 — Os iscos e engodos podem ser naturais ou artificiais,
desde que não sejam constituídos por ovas de peixe
ou por substâncias passíveis de provocar danos ambientais,
nomeadamente substâncias venenosas ou tóxicas ou
explosivos.
2 — Na pesca a partir de embarcação podem ser usados
iscos e engodos.

3 — Na pesca apeada só podem ser utilizados iscos.

Agora:
2 — Na pesca apeada e na pesca a partir de embarcação
podem ser utilizados iscos e engodos.
3 — (Revogado.)



Para uma consulta mais detalhada, aceder aqui

Proibições alteradas



A pesca lúdica à noite vai deixar de ser proibida no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, com excepção das praias concessionadas, e o período de defeso será diminuído. Estas são apenas duas das alterações que o Governo vai efectuar à portaria que impôs duras restrições à pesca naquela zona costeira e que foi publicada no mês de Fevereiro.

Segundo apurou o CM junto do Ministério do Ambiente, o documento de rectificação está elaborado, faltando apenas as assinaturas dos secretários de Estado para ser publicado. O movimento de pescadores que contesta as proibições foi informado na passada quinta-feira das principais mudanças que serão introduzidas. Amanhã, haverá uma reunião em Vila do Bispo para decidir qual a posição a tomar, explicou ao CM Adelino Soares, um dos seus dirigentes.

Segundo apurámos, o Governo vai reduzir o período de interdição à captura de sargo de três meses para dois meses (de 15 de Janeiro a 15 de Março). E em vez dos actuais três dias de proibição semanal à pesca na Costa Vicentina passará a haver apenas um (em princípio, a quarta-feira).

A quantidade de pescado permitida (7,5 quilos) será aumentada, dado que não contará o peso do exemplar maior. O uso do engodo passará a ser permitido, medida que será aplicada em todo o País.


Fonte: Correio da Manhã


Como diz o outro" só quando estiver no papel é que acredito"

6ª Edição Expomar

Deixo aqui uma boa sugestão para este fim de semana, a 6ª edição da Expomar que engloba vários temas relacionados com o MAR.

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Para consultarem o programa, basta aceder AQUI.

Um abraço

Mais uma teca

Este sábado e a convite do meu tio com mais um companheiro(Júlio)fui fazer uma pescaria num local onde digo sempre que nunca mais lá volto, mas não sei porquê vou lá sempre parar, hehehe!!! Porque umas vezes faz-se umas pescas valentes com exemplares de bom porte, mas outras vezes até dá sono do tempo que ficamos com a cana na mão até sentir alguma coisa.

Mas os pesqueiros é como tudo, nuns dias dão outros não, depende vários factores, mas a razão que me leva a dizer que não volto lá mais, é que para lá pescarmos nesse sitio, é porque temos que pagar uns absurdos três euros e muitas vezes essa quantia sai mal paga. O melhor para se lá ir é saber mesmo se está a dar peixe ou não!!!


Ontem e para o pesqueiro em questão, o peixe não foi muito, ainda sairam alguns exemplares de 0,5kg e outros mais pequenos, ainda perdi(por estupidez)um sargo de bom porte, que era sem dúvida de kilo pra cima, mas enfim!!


O vento como sempre, também esteve constantemente a soprar de oeste e foi gradualmente se intensificando, o que dificultou por vezes colocar a bóia onde queríamos, mas no fim ainda deu para safar a pesca com desanove peixes.








Um abraço e até à próxima.

Há uns bons anos era assim....

Como todos nós sabemos, para que uma boa jornada de pesca saia frutífera, um dos factores exigidos por parte do pescador, é sem dúvida a "paciência", porque ser paciente é uma virtude na vida e é naqueles dias em que o peixe pouco colabora ou está ausente que esse factor tem que reforçar a esperança do pescador.


Mas enganem-se aqueles que pensam que só "no antigamente", há uns bons, mas bons anos atrás é que haviam bons pescadores!!

Não senhor!!!!! Lá porque havia peixe com mais abundância, não quer dizer que cada vez que iam à pesca, ferrassem peixe sem mais nem menos e enchessem as alcofas num estalar de dedos sem que estivessem ali de cana na mão, horas a fio até sentir alguma coisa!!

Nem sempre era possível arranjar quem acompanhasse, numa faina com carro ou outro meio de transporte, para nos dar boleia como hoje em dia acontece, por isso os recursos eram muito reduzidos e como tal o que havia mais a jeito era o que servia!


Como tal e para vos elucidar, há uns bons anos atrás era assim.......




Espero que tenham gostado!!

Um abraço.

Portarias sobre pesca lúdica no Parque Natural serão alteradas até final do mês

A permissão do uso de engodo na pesca apeada e o alargamento do número de dias em que é possível pescar no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV) são as alterações, que deverão ser aplicadas até ao final de Abril.

Na reunião entre o Movimento de Cidadãos Alentejo e Algarve para a pesca lúdica no PNSACV e o secretário de Estado do Ambiente Humberto Rosa, no início do mês, ficaram acordadas alterações às Portarias 143 e 144, que limitam esta actividade desportiva no Parque Natural.

Foi ainda acordada a necessidade de criar soluções para outras restrições que levaram às manifestações de protesto dos pescadores lúdicos do Sul do país.

Segundo comunicado do Movimento de Cidadãos, «o pescador lúdico apeado volta a poder engodar com sardinha», sendo ainda reduzido «o número de dias sem pesca».

Numa primeira fase das alterações às Portarias, os pescadores ainda ficarão com um dia da semana em que não é permitida a pesca lúdica no PNSACV, situação que poderá ser revista em novas reuniões.

O Movimento reforçou também que serão feitas outras reuniões com os governantes, onde serão debatidos aspectos como o período de defeso, as zonas de protecção total, em particular da Pedra da Galé e Cabo Sardão, e a possibilidade de existir o profissional da pesca à cana, podendo este, depois, vender na lota o que pesca.

O peso máximo de pescado continua a ser de 7,5 quilos, excluindo-se o maior exemplar, mas o Movimento referiu ainda que pretende que o peso aumente para os dez quilos.

A «questão será abordada em futuras reuniões, tendo como base estudos fiáveis como a comissão sugeriu», explicou a organização, em comunicado.

No futuro, estarão em cima da mesa outros temas como as autorizações para os pescadores profissionais poderem vender na lota o peixe apanhado à cana, quando o mar não deixa sair as embarcações, a certificação dos produtos do PNSACV, em particular do perceve, para valorizar e combater a apanha e o comércio ilegal.

Por outro lado, o Movimento está à espera de ser recebido pelo secretário de Estado das Pescas para debater as características da ferramenta para a apanha do perceve, o «tamanho do anzol e tipos de pesca, a igualdade no período de defeso e a limpeza do fundo do mar no território do Parque Natural, onde existem redes que matam peixe todos os dias».

Com a Marinha, o Movimento de Cidadãos espera abordar questões ligadas à segurança na pesca diurna e nocturna, sinalização, indicação clara dos locais onde não se pode pescar, sinalização das áreas concessionadas e a pesca nos portos, cais e barras.

«Estaremos presentes na discussão pública do novo Plano de Ordenamento do PNSACV, onde nos será dada a oportunidade de expor as nossas posições», garantiu ainda o Movimento.

As Portarias foram publicadas em Diário da República no passado dia 5 de Fevereiro e desde essa altura já foram organizadas duas manifestações, que levaram milhares de pescadores à vila algarvia de Sagres, em Fevereiro, e a Odemira, no Alentejo, em Março.


Fonte: Barlavento Online

Luta vai continuar

Costa Vicentina: Pescadores consideram as cedências do Governo insuficientes



O designado movimento para a pesca lúdica na Costa Vicentina e Sudoeste Alentejano considera insuficientes as alterações já prometidas pelo Governo, no sentido de aliviar as restrições à pesca na área do Parque Natural. Os dirigentes do movimento já se encontraram com o secretário de Estado do Ambiente (tal como o CM ontem noticiou) e querem agora reunir-se com o secretário de Estado das Pescas e com a Marinha.

De acordo com António Neves, um dos representantes dos pescadores, estes não abdicam "de nenhuma das suas reivindicações". O seu colega Carlos Carvalho também não hesita em afirma que "a ‘guerra’ continua até se conseguir encontrar uma solução justa".

Um dos pontos de discordância prende-se com a proibição da pesca nocturna. "Justificam a medida com o argumento de que houve muitas mortes à noite, mas, em 30 anos, só me lembro de um caso", refere António Neves.

O movimento reclama ainda, entre outros aspectos, que seja revisto o período de defeso imposto no Parque Natural e quer que sejam feitas alterações relativamente às zonas de protecção total criadas, em particular a Pedra da Galé e Cabo Sardão. Os pescadores apontam ainda a necessidade da limpeza do fundo do mar, "onde há redes que matam peixes todos os dias".



Fonte: Correio da Manhã

Restrições reduzidas


O Governo prometeu fazer, ainda este mês, alterações à polémica Portaria 143 – que impõe restrições à pesca no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV). A promessa foi feita ao movimento de pescadores lúdicos, que contesta as restrições impostas.

Nove elementos do movimento foram recebidos, no dia 1, pelo secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, em Lisboa. O governante mostrou abertura para "rever alguns dos pontos mais contestados que são da sua área de competências", referiu ao CM Adelino Soares, um dos participantes na reunião. Um desses pontos diz respeito à proibição de pescar de segunda a quarta-feira. O Governo deverá optar por interditar a pesca apenas um dia.

Outra restrição que deverá cair é a proibição de uso de engodo (pasta de sardinha que serve para atrair o peixe), medida que está em vigor para todo o País. Além disso, a quantidade de pescado permitida (7,5 kg) poderá ser aumentada, passando a não contar o peso do exemplar maior.

Os pescadores também estão contra o período de defeso, nomeadamente a interdição da pesca ao sargo, entre 1 de Janeiro e 31 de Março, mas em relação a esta matéria não houve nenhum compromisso claro de alteração da Portaria por parte do governante.

Fonte:Correio Da Manhã


"Espero ansiosamente por essas
alterações!!"

Pesca de familia II



Ora aqui está mais uma pesca feita por estes dois campeões!!

Agora que lhe tomaram o gosto não querem mais nada, é só meter na saca!!!

As meninas de testa dourada já se fazem notar e os sargos estão na sua época.





Um abraço

Revista "O PESCADOR"

Já se encontra nas bancas a edição de Abril, "O Pescador" nº 10.




Não perca esta maravilhosa edição, com grande destaque para o assunto que marca actualmente a pesca lúdica, que é o descontentamento e os protestos dos pescadores contra a nova legislação!!

Um abraço

Proposta para a Costa Vicentina é «eco-patetice»

Autarca de Aljezur teme tumultos devido à revisão do plano do Parque Natural


O presidente da Câmara de Aljezur classificou a proposta de revisão do Plano de Ordenamento do Parque Natural da Costa Vicentina de «eco-patetice», antevendo a possibilidade de tumultos sociais por parte da população mais atingida, nomeadamente pescadores e agricultores, informou a Agência Lusa.

«A pesca desportiva já gerou algum tumulto e as pessoas que se preocupam com a pesca são exactamente as que se preocupam com este plano, os agricultores, as pessoas que vivem junto do mar, as pessoas que nunca pediram nada e que só querem que lhes deixem fazer a vida como fazem há gerações», observou Manuel Marreiros (PS).

O autarca recordou as manifestações que juntaram cerca de três mil pescadores lúdicos em Sagres, em Fevereiro, e em Odemira, a 14 de Março, para mostrar a reacção da população a uma lei que mexeu com os seus hábitos de vida.

Na proposta de revisão do Plano de Ordenamento do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, o princípio é o mesmo: «querem impor-nos um modo de vida, mas o modo de vida que temos aqui foi o que deu origem ao parque», referiu.

O lote de medidas e restrições propostas pelo Instituto para a Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) levam-no a classificar a revisão do plano como «uma eco-patetice, uma presunção de protecção da natureza, que, na verdade, só contribui para o abandono do espaço. E o espaço abandonado é um espaço que se vai degradar», disse ainda.

O autarca criticou, de resto, a acção do ICNB, nomeadamente a ausência de políticas e instrumentos de educação ambiental, a fraca intervenção no território e a falta de recursos.

«Desde 88, que esta zona é área protegida e está mais degradada porquê?», questiona, citando o relatório sobre a conservação de habitats da Rede Natura 2000 que aponta as áreas dunares como as mais degradadas.

«São áreas onde não se faz agricultura, não se constroem casas, não há empreendimentos turísticos e não há pecuária... é simplesmente o parque que não intervém».

Nos casos em que o ICNB interveio, como nas praias de Monte Clérigo e da Carrapateira, «chegou à conclusão que não tinha dinheiro suficiente para as obras e tivemos nós [Câmara] que comparticipar metade das intervenções», recordou.

«A única actividade do ICNB que conhecemos é dar pareceres», comentou ainda, para concluir que «o parque natural só serve para os meninos da cidade virem para aqui ao fim-de-semana ler o Expresso num jipe, no meio das dunas».

Contactada pela Lusa, fonte do ICNB afirmou que para já não vai tecer qualquer comentário às acusações do autarca de Aljezur.



Fonte: TVI24

Paralelo 35: Pesca profissional vs pesca lúdica

É preciso não confundir a obra-prima do mestre com a prima do mestre de obras», diz o ditado popular. Neste caso, a obra-prima do mestre é a Gestão integrada da zona costeira do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.

A prima do mestre de obra é utilizar esse argumento para lançar legislação avulsa, sem ouvir todas as partes interessadas, numa tentativa de regular somente a pesca lúdica, como que a atribuir-lhe a culpa do actual estado dos recursos.Estão em causa muitas variáveis, a utilização das falésias, a subsistência do mercado turístico local, hábitos das comunidades piscatórias, mas vou deixar esses temas para depois. Falo somente da conservação dos recursos piscatórios.

Uma das grandes batalhas da pesca profissional e empresas de comércio de pescado nesta zona é de facto o mercado paralelo que a pesca de subsistência (mascarada de pesca lúdica) fomenta.

Os pescadores lúdicos, na verdadeira essência da palavra, apesar de representarem um maior número, não causam no recurso um impacto tão significativo que justifique estas medidas de restrição. Paga o justo pelo pecador e, como é óbvio, as pessoas revoltam-se, na minha opinião com toda a razão.

Quem faz esta pesca de subsistência, deveria ter um enquadramento legal próprio, pois o Estado não pode virar as costas a estas pessoas que são, na sua maioria, pescadores reformados ou pessoas que não têm outras oportunidades de emprego, tudo para levar mais alguma coisa para casa. Não acredito que ninguém se pendure numa falésia dias a fio com risco da própria vida se tiver outra oportunidade de emprego.

Ninguém fala dos quilómetros de redes de emalhar que percorrem toda a costa que muitas vezes ficam dois e três dias a pescar. Quando vão lá é somente para retirar o peixe ou o marisco e volta ao mesmo sítio.

E quantas destas redes são perdidas no mau tempo e envolvem as pedras, matando a pesca durante meses, ou quantos cofres (armadilhas com isco para o polvo) estão dentro de água e quantos estão perdidos, da pesca dos «rapas» (embarcações de cerco) ou, pior que isso, da pesca de arrasto, que destrói há anos os fundos e já só evita as pedras altas, deixando um deserto por todas as outras. Aqui reside o problema principal.

Ninguém mais do que os pescadores desejam e sentem a urgência de uma regulação da actividade, de uma efectiva fiscalização e punições pesadas para os infractores.

A Gestão Integrada deveria ser feita ouvindo todos os interessados e intervenientes e a regulação devia incidir sobre a pesca profissional e lúdica e, a utilização do espaço (lúdico, urbano, turístico, agrícola e industrial).

*Biólogo Marinho
André Dias*


Fonte: Barlavento Online