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O Argolão

O objectivo deste adereço é basicamente igual a de um cesto que se usa para recuperar um sargo, dourada, etc, mas tem uma diferença, um cesto quando desce pela seda abaixo e chega à água, é necessário que o peixe entre dentro e só ai puxamos a corda e recuperamos o peixe, com o argolão não, ao descer pela seda abaixo entra directamente na cabeça do safio na posição que desce e sendo um peixe de garro facilita a passagem entre .....

As minhas bóias

Já há algum tempo que andava a magicar como começar a construir bóias tipo peão para a pesca e enquanto não arranjei um bocadinho para me puder debruçar a sério sobre o assunto, não descansei!Como tal pus mãos à obra e começei por procurar em casas de materiais de bricolage o que era indispensável para elaborar as bóias e que o custo final não fosse demasiado dispendioso, em comparação com as bóias que se adquire em lojas de pesca.

Cesto(em processo)

Construção de um cesto para recuperação do pescado em certas situações......

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DESMATERIALIZAÇÃO DO LICENCIAMENTO DA PESCA LÚDICA


Nos termos previstos na Portaria 14/2014, de 23 de janeiro, a DGRM desenvolveu uma solução que permite, desde 15 de Janeiro, a desmaterialização das licenças de pesca lúdica.

Assim,  a partir dessa data,  os titulares de licenças de pesca lúdica já não necessitam de se fazer acompanhar de qualquer licença em suporte papel para poderem exercer a actividade dado que a licença passará a ser constituída por um registo na base de dados da DGRM, consultável por SMS a todo o momento, por parte das entidades com responsabilidades de fiscalização e por parte dos próprios licenciados.

As licenças de pesca lúdica podem ser emitidas a partir do multibanco, no balcão da DGRM, em Lisboa, nos balcões das Direções Regionais da Agricultura e Pescas do Norte (DRAP Norte), Centro (DRAP Centro), Lisboa e Vale do Tejo (DRAP LxVT), Alentejo (DRAP Alentejo) e Algarve (DRAP Algarve), podendo, ainda, ser solicitadas através de e-mail para o endereço 
pesca.ludica@dgrm.mam.gov.pt

Apesar de o registo do número de telemóvel apenas ser obrigatório nas licenças emitidas a partir  do multibanco, aconselha-se a que este seja sempre indicado aquando da solicitação das licenças pelas restantes vias de modo a que o pescador lúdico possa beneficiar das vantagens do sistema implementado, nomeadamente da possibilidade de receção dos alertas de fim de validade da licença e  dos avisos e informações relevantes, que serão enviados por SMS.
 
Os titulares de licença de pesca lúdica que tenham registado o número de telemóvel  podem consultar os dados da respetiva licença  (nº de licença, nº de identificação civil associado, tipo e validade da licença) através de sms, bastando para tal enviar uma mensagem do telemóvel registado na licença, com o texto UPLUD, para o n º 925507447.

Pesca ilegal na Costa Vicentina

plataforma 1 hp

O Melhor Peixe do Mundo está a ser Destruído. Há legislação que serve bem para defender o peixe da nossa costa, mas faltam os meios adequados para fiscalizar a sua pesca e acabar com os infractores que utilizam as redes de emalhar de fundo que o estão a destruir. (Leia o artigo completo no Notícias do Mar nº 336)


O litoral da Costa Vicentina é uma zona que tem merecido uma atenção muito especial, para preservar a sua biodiversidade e os recursos marinhos, porque está na zona mais estreita da nossa plataforma continental.

Verifica-se na Costa Vicentina uma redução dramática do volume de capturas. Cada ano que passa menos peixe é pescado.

Falámos com pescadores artesanais de Sagres que pescam com palangre (aparelho com anzol) e todos disseram que a culpa desta situação, são as centenas de quilómetros de redes de emalhar de fundo fundeadas ao longo da costa até Sines. Muitas dessas redes estendem-se até atingirem várias milhas da costa, umas perpendiculares ao litoral, outras em Z e todas à volta de zonas de pedra. São paredes de redes com 10 metros de altura e quilómetros de comprimento.

O objectivo destas redes de emalhar de fundo é pescar peixe e também capturar lagostas.

A situação é grave porque todas estas redes estão fundeadas permanentemente no mesmo sítio, como se fossem coutadas dos armadores, que dali não as tiram mais.


Algumas estão há anos no mesmo local, visto as bóias que as sinalizam não saírem do mesmo ponto.

Para capturar as lagostas, as redes têm que ficar dias seguidos sem serem levantadas a apanhar peixe que entretanto morre, entra em decomposição e atrai as lagostas.

Ao segundo ou terceiro dia de estarem no fundo, quando são levantadas, estas redes apenas têm peixe em condições de ser levado à lota e consumido o que ficou preso na última maré. Os restantes peixes começam a ser comidos por caranguejos, ou pela pulga-do-mar e ao fim de uns dias já só resta a pele e as espinhas. São toneladas de peixe deitadas fora.

A Lei manda levantar as redes ao fim de 24 Horas

Em relação à legislação que regula este tipo de pesca, no caso das redes de emalhar de fundo fundeadas, diz a Lei que o tempo máximo de calagem é de 24 horas.

As redes que são colocadas na Costa Vicentina começam em profundidades entre os 20 e 30 metros e poucas são as que se prolongam para além dos 100 metros de profundidade.

Todas elas têm que ser levantadas ao fim de 24 Horas e como não são ficam em contravenção.

Perante esta situação, a quem cabe e como fiscalizar?

Para sabermos como se fiscaliza a pesca na Costa Vicentina, fizemos algumas perguntas ao Chefe do Estado-Maior da Armada e à Direcção-Geral da Autoridade Marítima (DGAM).

Consultámos igualmente o Prof. Jorge Gonçalves, investigador e professor na Universidade do Algarve sobre o prejuízo que causa estas redes aos recursos marinhos e como deveriam ser assinaladas as bóias para serem devidamente fiscalizadas.

A Direcção-Geral de Recursos Marinhos diz que as redes ficam em contravenção mas não consegue impedir que fiquem

Colocámos ao Secretário de Estado do Mar quatro questões, a primeira das quais sobre a legalidade destas redes ao não serem levantadas ao fim de 24 horas, sobre quem as deveria fiscalizar e a possibilidade de se colocarem respondedores AIS nas bóias, para se saber onde estão as redes.

Versão online aqui


Divulguem ao máximo

Alteração à Portaria nº 14/2014(NOVO LAPSO)




PESCA DE SARGO (DIPLODUS SARGUS E DIPLODUS VULGARIS) - DEFESO NO PARQUE NATURAL DO SUDOESTE ALENTEJANO E COSTA VICENTINA

Nos termos do nº 4 do artigo 10º da Portaria nº 14/2014, de 23 de janeiro, está interdita a captura de sargos, Diplodus sargus e Diplodus vulgaris, entre 1 de Fevereiro e 15 de Março, na área do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV), aos titulares de licença de pesca lúdica apeada dado que, através da Portaria n.º 115-B/2011, de 24 de Março,  a mesma medida se encontra em vigor para a pesca profissional. Salienta-se que esta medida não se aplica à pesca lúdica embarcada nem à pesca lúdica submarina.


Fonte: DGRM


Nota: após uma letiura pormenorizada, é claro que a pesca apeada, ficou novamente a ver 
o pessoal da embarcada e da submarina a passar, sinceramente parece que estas 
portarias são elaboradas depois do almoço!!!!!!

ATENÇÃO O DEFESO DO SARGO CONTINUA, CUIDADO!






Afinal a armadilha tá pronta a caçar os mais desatentos, como podem ver aqui e comprovar neste anexo aqui retirado da página da Direcção Geral de Recursos NaturaisSegurança e Serviços Marítimos


Fonte: Oceanus Atlanticus

Portaria n.º 14/2014 de 23 de Janeiro (revoga as anteriores)




Norma revogatória
São revogadas:
a) A Portaria n.° 1399/2006, de 15 de dezembro;
b) A Portaria n.° 143/2009, de 5 de fevereiro, alterada
pela Portarias n.°s 458 -A/2009, de 4 de maio, e
n.° 115 -A/2011, de 24 de março;
c) A Portaria n.° 144/2009, de 5 de fevereiro, alterada
pela Portaria n.° 458 -A/2009, de 4 de maio.



FIM DO DEFESO, ALELUIAAAAAA!!!!!!!

Licença de pesca dá para todo o País

Coima mínima reduzida de 500 para 200 ou 100
euros, dependendo da infracção

O Governo reduziu para menos de metade o valor das multas aplicadas na pesca lúdica e criou um único tipo de licença para a actividade. Estas alterações à legislação foram ontem publicadas em Diário da República e entram em vigor dentro de dois meses.

Atualmente, quem for apanhado a pescar sem licença, por exemplo, arrisca uma coima entre os 500 e 3740 euros, no caso de pessoas singulares. Com as alterações agora publicadas, os valores das multas passam a ser entre 200 e os 2000 euros.

Nalguns tipos de infrações, como a utilização de fontes luminosas como dispositivo de chamariz, com exceção da toneira (usada, por exemplo, na captura de lulas), as contraordenações serão de valor inferior, entre 100 e 1000 euros.

Outra alteração prende-se com o fim da licença de pesca local apeada (válida para a área da capitania selecionada e limítrofes), passando a existir apenas uma licença, válida para todo território do continente. "São alterações muito positivas", considera David Rosa, da Comissão de Pescadores e População da Costa Portuguesa.

Fonte: CM

Novo Decreto-Lei n.º 101/2013 Relativo Pesca Lúdica

Com vista a melhorar as condições para que a prática da pesca lúdica em águas oceânicas seja feita atendendo aos legítimos interesses dos seus praticantes e no respeito pela proteção dos recursos naturais, procede -se a uma nova revisão do Decreto -Lei n.º 246/2000, de 29 de setembro, alterado pelos Decretos -Leis n.ºs 112/2005, de 8 de julho, e 56/2007, de 13 de março, que resultou da colaboração de um grupo de trabalho criado para o efeito, mediante despacho conjunto do Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural e do Secretário de Estado do Mar, de 17 de abril de 2012, que integrou diversas entidades envolvidas na modalidade de pesca lúdica

Pescadores com mais liberdade(luz ao fundo do tunel)

Pesca lúdica vai ter novas regras.


Existem mais de 170 mil pescadores lúdicos no País que vão contar com novas regras para exercer a actividade Portuguesa, que integra o grupo de trabalho que vai propor.

Info: CM

Segundo li, uma das alterações é que vai deixar de existir licenças pesca apeada, conforme as capitanias e passar a haver uma unica licença para pesca apeada em todo o país que custará 8€ e mais outras serão revistas o que não é mau.

Voluntários vão limpar Sagres desde a Fortaleza até à Baía da Armação Nova

No âmbito do da iniciativa “Perto dos Cidadãos para um Desenvolvimento Económico Sustentável”, a Comissão Europeia (Representação em Portugal) vai promover ações de limpeza dos pesqueiros lúdicos de Sagres, nos dias 7 e 8 de julho.

O objetivo é limpar e recolher o lixo existente nestes pesqueiros tradicionais, desde a Fortaleza até à Baía da Armação Nova, bem como chamar a atenção para a necessidade de preservar o património ambiental e cultural de Sagres.

Garrafas de plástico e vidro, sacos de plástico, restos de linhas de pesca e caixas de isco em esferovite são alguns dos resíduos que resultam do uso dos pesqueiros na pesca lúdica e de algum turismo menos consciencioso. A operação será desenvolvida por várias dezenas de voluntários, alguns dos quais provenientes da Universidade do Algarve e de Organizações Não Governamentais dedicadas ao ambiente. As ações em falésias ou que impliquem escalada serão executadas pelos monitores.

O evento é aberto ao público. Os voluntários poderão preencher o formulário de inscrição (http://mtp.pt/ce/registo.php) ou no local (concentração às 9.30 horas, no Campo de Futebol de Sagres).

A limpeza dos pesqueiros lúdicos de Sagres tem o apoio de: Turismo do Algarve, Câmara Municipal de Vila do Bispo, Suma, Junta de Freguesia de Sagres, Clube Recreativo Infante de Sagres, Memmo Baleeira Hotel, Orbitur Algarve, Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, I.P, Centro Europe Direct do Algarve e Agência Portuguesa do Ambiente, I.P

Fonte:Região Sul

Pescadores de Fim-de-Semana Ficaram Sem Canas

A Polícia Marítima apreendeu, sábado, seis canas de pesca e apetrechos a pescadores que se encontravam nos molhes norte e sul do porto da Póvoa de Varzim.

A apreensão só não foi maior porque alguns conseguiram escapar. Esta situação levou à revolta dos pescadores de costa que, aos fins-de-semana, escolhem estes locais para desfrutar do seu desporto preferido.

Mas se de manhã a acção policial surtiu efeito, de tarde eram às dezenas as canas de pesca lançadas ao mar, como que provando que esta acção esconde um problema maior: a falta de informação e sinalética de proibição.

Ao percorrermos o molhe sul, ficamos a conhecer David Almeida, da Póvoa de Varzim, também ele pescador nas horas vagas, que estava a recolher assinaturas dos restantes pescadores desportivos, para entregar na Capitania.

Fonte: A Voz Da Povoa

Cuidem-se moços que isto tá bonito!!!

Reportagem TVI "Pesca: uma profissão de risco"

Boas

Mais uma reportagem sobre a costa algarvia aqui.
Algumas meias verdades contadas, mas......

Um abraço

Pesque, não suje !

A Câmara Municipal de Aljezur promoveu, mais uma vez, à limpeza dos principais pesqueiros na área do município. Em simultâneo lançou a campanha subordinada ao lema “Pesque, não suje !”, com a colocação de painéis informativos onde os frequentadores habituais dos referidos pesqueiros podem tomar contacto com o “estado” a que alguns locais chegaram por força de comportamentos que se consideram inadmissíveis e intoleráveis para quem “ama e defende” a pesca lúdica.
A autarquia teve ainda a oportunidade de apresentar oficialmente a problemática às várias Associações, nacionais e regionais, na expectativa de serem desenvolvidas, junto dos seus associados, amigos, colaboradores e “amantes da pesca lúdica”, acções que visem a correcção deste tipo de comportamentos.

A Câmara questiona-se mesmo, como e até quando poderão, associações e autarquias continuar a sua “luta” pela alteração das portarias da pesca lúdica que queremos e pretendemos ver alteradas, quando tais práticas constituem um verdadeiro “cheque em branco” para que qualquer governante possa restringir ainda mais, prática tão ancestral e importante para o Município de Aljezur, em presença das verdadeiras “lixeiras” em que alguns pescadores transformaram tão afamados pesqueiros.

Certos que conseguiremos despertar consciências, acreditamos que os utilizadores e visitantes destes espaços assumam de vez comportamentos cívicos que salvaguardem, defendam a pesca lúdica, e o património natural que a todos pertence.




Fonte: CM-Aljezur

Nova lei pode contribuir para acidentes na pesca lúdica


Pescadores profissionais sem condições no mar escondem-se nas falésias para a captura do sargo e são seguidos por forasteiros. Já há luta pelos lugares na costa




"Nota-se imensa disputa pelos pesqueiros na costa vicentina, há quem venha para aqui de noite marcar lugar com uma cana ou um saco até ao romper do dia, e muitas pessoas até deixam de se falar porque entendem que um amigo está mesmo ao lado para lhes tirar a hipótese de capturar peixe."


Quem o diz, em declarações ao DN, é Hélder Fernandes, de 69 anos, aposentado e residente em Silves, um dos muitos que se dedicam à pesca lúdica nas falésias da zona do Pontal da Carrapateira, no concelho de Aljezur. Quando na sexta-feira, cerca das 20.00, deixou aquele local na sua viatura, depois de ali ter chegado às 08.00, guardava no balde duas safias para o jantar. "Há dias em que nada levo", nota Hélder Fernandes, frisando que a ocasião propícia para a pesca à linha "é quando há ondas, por exemplo, com dois ou três metros de altura, pois nessa situação o peixe 'pega' melhor". Já com ondas muitas curtas e mar raso, como foi o caso de anteontem, tal "não é capaz para pescar".


No dia 27 de Janeiro deste ano, ocorreu naquele local, no Pontal da Carrapateira, o mais recente acidente mortal na costa vicentina, quando um pescador lúdico, de 46 anos, caiu ao mar, tendo o corpo sido recuperado pelas autoridades.


Mas nem o risco afasta as pessoas da zona. "A malta está habituada e sabe onde estão os maiores perigos nas falésias. Quando a gente desce e chega ao pesqueiro, o piso aí é diferente do que estar cá em cima. Às vezes, vamos com cordas para garantir segurança. Só os mais novos, que querem sujeitar-se a certas coisas, não ligam a isso. De nada serve a gente avisar. Já tenho dito: 'Não vá para aí, que o mar, às vezes, pode chegar a esta zona e tornar-se perigoso. Mas há pessoas que ainda gozam com a gente, depois apanham uma molha e nessa altura é que nos dão razão'", conta Hélder Fernandes.


Sobre a nova legislação, que impõe, entre outros aspectos, defeso e o peso máximo de 7,5 quilos a cada pescador lúdico, além do limite mínimo de 15 centímetros no tamanho das espécies, este pescador concorda. "Se pescasse sempre 7,5 quilos seria uma festa para mim. Às vezes, apanho dois, três quilos, um quilo… ou nada", observa.


Sérgio Santos, presidente da Junta de Freguesia da Bordeira, que abrange a zona da Carrapateira, em Aljezur, é mais crítico. "A lei, da responsabilidade do Ministério do Ambiente, está malfeita ao prejudicar os pescadores profissionais desta área." E especifica a acusação: "Devido à falta de condições do mar para a sua actividade nos barcos e inexistência de portos de pesca [os pescadores profissionais] têm de se esconder nas rochas para pescar e não serem multados (coimas de 500 a dois mil euros) pela fiscalização, pois não têm licenças para a pesca lúdica. Muitos forasteiros, ao vê-los, vão também para essas zonas de difícil acesso para apanhar peixe, mas, como não as conhecem, acabam por escorregar e sofrer acidentes."


André Pedro, de 30 anos, que tanto pesca em Sagres como na zona de Aljezur, lamenta que os pescadores "deixem muito lixo espalhado pelos pesqueiros e no mar, como latas, garrafas e papéis". "É necessária mais sensibilização para esta questão em vez de multarem pescadores lúdicos por apanharem, por exemplo, sargos na desova."


Por seu turno, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Vila do Bispo, Joel Ramos, encara o lixo no chão como uma "armadilha" para acidentes em falésias, com escorregadelas. Por outro lado, alerta para o risco de quedas nos trilhos (espaços de acesso aos pesqueiros), "onde as águas da chuva podem provocar muita erosão".

Fonte: DN

Investigador alerta ..........

...... para perigo de a indústria mundial das pescas se autodestruir se não houver limitações


A indústria mundial das pescas corre o risco de se autodestruir caso não sejam impostas limitações à actividade e tomadas medidas com objectivos a longo prazo. De acordo com Daniel Pauly, um especialista em gestão de recursos marinhos a quem hoje é atribuído um doutoramento 'Honoris Causa' pela Universidade do Algarve, a indústria das pescas tem um comportamento "suicida" e corre o risco de autodestruir-se se não forem tomadas medidas que limitem a actividade.


"É preciso reduzir a taxa de exploração marinha porque menos pesca significa melhor economia pesqueira", disse aquele cientista, sublinhando que esta é uma das soluções para a sustentabilidade do sector.


Daniel Pauly falava à agência Lusa, à margem da palestra que hoje proferiu na Universidade do Algarve, a propósito do impacto mundial da pesca e do aquecimento global nos ecossistemas marinhos.


Segundo aquele investigador, as autoridades ligadas à gestão das pescas deviam escutar mais os cientistas, que têm em vista a sustentabilidade a longo prazo e não os políticos que têm uma visão a "curto termo".


Daniel Pauly aproveitou ainda para sugerir às autoridades locais que promovam a diminuição da apanha de peixe para que as espécies possam adaptar-se melhor aos efeitos das alterações climáticas nos sistemas marinhos.


"Se reduzirmos a quantidade de peixe apanhado no mar existem mais probabilidades de as espécies lidarem melhor com a mudança", referiu, porque o problema está a agravar-se "e só algumas espécies triunfarão".


Por outro lado, Daniel Pauly refere que a pesca de pequena escala pode ser mais sustentável e proteger mais as espécies, uma vez que não cobre toda a área de distribuição do peixe como acontece com a pesca de larga escala.


Daniel Pauly, de nacionalidade francesa, é actualmente o investigador principal do projecto "Sea Around Us" do Centro de Pescas da Universidade de British Columbia, no Canadá.


Em conjunto com Emygdio Cadima, investigador da Universidade do Algarve também na área da gestão dos recursos marinhos.

Fonte:Público


Atenção: Daniel Pauly é especialista em gestão de recursos marinhos, que  com a sua opinião, mais uma vez prova que não é a pesca apeada, a actividade principal responsável pelo declinio dos recursos marinhos, refere por outro lado que até protege e é mais sustentável.

Será que este governo não lê estes estudos ????  "Á e tal, faz-se um defeso lá para o PNSACV que resolve o assunto!!" Leis feitas em cima do joelho, é o que é!!

O Fundo da Linha

É um mundo que desconhecemos, no entanto já está fortemente ameaçado pelas redes que por onde passam, destroem completamente tudo, merecem nossa reflexão.



O oceano profundo é o maior ecossistema do planeta, porém, continua amplamente inexplorado. Quanto mais desvendamos os seus mistérios, mais descobrimos o quão único este mundo estranho realmente é.

Fonte: Greenpeace



Pesca no fim da linha

Documentário «the end of the line» estreia dia 16 de Novembro



Imaginemos oceanos sem peixes, refeições sem marisco, a indústria pesqueira a caminho do fim. Que consequências globais poderia ter? O documentário «The end of the line» («O fim da linha»), realizado por Rupert Murray, estreia a nível nacional a 16 de Novembro, data em que se comemora o Dia Nacional do Mar. A Plataforma de Organizações Não Governamentais Portuguesas sobre a Pesca (PONG-Pesca) organiza, na Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa), uma sessão especial às 17h, onde será apresentado o filme.

O documentário estreou no Sundance Film Festival (World Cinema Documentary Competition), em Janeiro, e mostra os efeitos devastadores do ‘overfishing’ (apanhas globais de peixes selvagens e espécies em perigo) nos nossos oceanos. Este excesso de pesca foi reconhecido como um dos maiores problemas e com efeitos imediatos no ambiente, em 2002, quando ficou demonstrado que o ‘overfishing’ atingiu o pico em 1989 e agora está em declínio.

«The end of the line» é um filme independente, rodado ao longo de dois anos, e que seguiu de perto os passos do repórter de investigação, Charles Clover – que é também autor do livro homónimo –, enquanto ele confrontava políticos e celebridades em restaurantes. Filmado numa espécie de volta ao mundo, desde o Estreito de Gibraltar aos litorais do Senegal e Alasca, ao mercado de peixe de Tóquio – caracteriza cientistas superiores, pescadores nativos e funcionários de execução de pescarias.

A PONG-Pesca tem como missão promover a exploração sustentável dos recursos pesqueiros, em todas as suas vertentes, ecológica, social e económica, tendo em vista a preservação dos ecossistemas marinhos e o desenvolvimento das comunidades costeiras ligadas a esta actividade.

Os avisos dos cientistas 


Segundo os cientistas, se continuarmos a pescar tal como o fazemos agora, grande parte dos peixes desaparecerão por volta de 2048. O documentário surge com o objectivo principal de acordar o mundo para uma realidade bem mais próxima do que se pensa e não pretende apenas alertar pescadores que praticam pesca ilegal, políticos que ignoram os avisos do investigadores, mas também consumidores que compram espécies em perigo de extinção sem o saberem, segundo se lê na página oficial de «The end of the line».

A obra propõe soluções simples: controlar o sector da pesca, reduzindo a quantidade de barcos pelo mundo, proteger áreas reservadas, educar o consumidor a comprar apenas peixe devidamente certificado (pesca sustentável).

A exibição especial de «The End of the Line» na Gulbenkian será seguida de uma discussão com o autor, Charles Clover; cientistas pesqueiros, representantes governamentais e do sector das pescas e, o coordenador de Desenvolvimento de Políticas da Direcção Geral dos Assuntos Marítimos e da Pesca da Comissão Europeia, César Deben.


Fonte: CiênciaHoje

Bruxelas modera proposta sobre pesca desportiva e lúdica




Os pescadores de fim-de-semana escapam por pouco à imposição de quotas. Bruxelas queria incluir as capturas da pesca desportiva e lúdica na contabilidade das quotas profissionais, mas perante a polémica, moderou a proposta apresentada aos ministros da Agricultura e Pesca dos Vinte e Sete reunidos no Luxemburgo.

A Comissão Europeia explica agora que quer apenas informações para ter uma ideia geral das capturas relativas a certas espécies e feitas apenas em alto mar. O porta-voz da Comissão afirma: “Segundo a nova proposta de regulamentação para melhor controlar a pesca, os Estados membros não são obrigados a contabilizar todas as capturas para as integrar nas quotas. Há apenas um aspecto e é sensível. É a obrigação de avaliar a impacto da pesca desportiva e lúdica face à recuperação das espécies e isso, sobretudo, em relação ao bacalhau e ao atum vermelho”.

A proposta é contestada por alguns Estados membros, enquanto outros se interrogam sobre a forma de contabilizar as capturas. Bruxelas deixa-lhes o caminho livre.

Mas a Comissão Europeia recebe o apoio dos ambientalistas. Aaron McLoughlin, da WWF, explica: “Penso que a Comissão quer levantar a questão da pesca desportiva por uma única razão: ela não tem ideia da amplitude do problema, no Mar Báltico é um problema e trinta por cento das capturas são feitas pela pesca lúdica. Não sabem e querem saber, é só isso”.

Em alguns países a pesca desportiva e lúdica tornou-se num verdadeiro sector económico. Na Suécia, por exemplo, os responsáveis sindicais dos pescadores afirmam que a pesca lúdica é dez vezes superior à profissional e no ano passado rendeu mais de 13 milhões de euros.

Copyright © 2009 euronews


Fonte: Euronews


    "Já agora era o que faltava"

DIA MUNDIAL DO MAR 2009

Ao preparar a Mensagem sobre o «Dia Mundial do Mar», que este ano se comemora a 26 de Setembro, consultei a Mensagem do Secretário-Geral da Organização Marítima Internacional, Sr. Efthimios E. Mitropoulos, subordinada ao tema escolhido para o Dia Mundial do Mar deste ano: “Alterações climáticas: um desafio também para a OMI!”.

Pela importância, profundidade, clareza e coerência do pensamento expresso e porque também para nós Portugueses, que fizemos do Mar o primeiro veículo de globalização, falar do Mar é falar de tudo, não resisto a partilhar excertos da referida Mensagem, convidando-vos a lê-la na integra em:

http://www.imarpor.pt/pdf/dmm/Mensagem_Secretário_Geral.pdf

“A humanidade enfrenta um dilema, porque, quer queiramos quer não, o nosso modo de vida colectivo tornou-se insustentável e precisamos de fazer algo a esse respeito, e depressa. As opções que temos tomado sobre os nossos estilos de vida têm vindo a degradar lentamente o próprio sistema de apoio que nos permite viver e respirar. Esta situação não pode, nem deve, continuar. Temos que tomar algumas decisões difíceis, temos que tomá-las agora e temos que actuar em uníssono, com um compromisso íntegro e total, agora e no futuro. Perante factos indiscutíveis, temos de considerar as nossas prioridades e aceitar que temos que fazer alguns sacrifícios. Temos que começar a colocar a “vida” à frente do “estilo de vida”.”

“A mensagem é clara: para sermos bem sucedidos na luta contra as alterações climáticas, devemos trabalhar juntos e desempenhar o nosso papel com a seriedade que as circunstâncias exigem. Se o problema não tem em conta as fronteiras traçadas pelo homem, então a solução também não. Todos nós temos a responsabilidade para adoptar medidas audazes, conjuntas e coordenadas que não só impulsionem rapidamente a recuperação do planeta, mas também lancem uma nova era de um compromisso sério e significativo para evitar que uma crise, como aquela que actualmente enfrentamos, piore ou volte a repetir-se. Se trabalharmos juntos, com um sentido de responsabilidade para com as gerações futuras, os acordos que resultarão da Conferência de Copenhaga deste ano poderão ter um valor autêntico e duradouro.”

“Do ponto de vista humano, problemas complexos como a pobreza, a doença, a desigualdade no desenvolvimento económico e o crescimento da população são factores adicionais que contribuem para agravar e complicar o problema. As alterações climáticas e a nossa resposta aos problemas multifacetados que representam tornaram-se no “desafio que define a nossa época”.”

Mais palavras para quê?...

Resta-nos fazer o que estiver ao alcance de cada um de nós para que, tal como também é referido na mensagem, a comunidade mundial obrigue os seus dirigentes a actuar e que os Ministros e os chefes de Estado actuem “decisivamente e em uníssono na reunião de Copenhaga, em Dezembro deste ano, para acordar num novo tratado de luta contra as alterações climáticas que suceda ao Protocolo de Quioto.”

Alterações climáticas: um desafio também para todos!



Faro, 24 Setembro de 2009

O Governador Civil,

Carlos Silva Gomes


Fonte: Governo Civil de Faro

Pesca nocturna vai ser permitida


A pesca lúdica nocturna vai voltar a ser permitida em algumas arribas do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. O Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) deverá publicar dentro de dias – provavelmente na próxima semana – um edital com cerca de duas dezenas de locais onde será possível pescar.


Segundo António Neves, porta-voz do Movimento de Cidadãos do Algarve e Alentejo (criado por pescadores lúdicos), a medida resulta de várias reuniões realizadas com a secretaria de Estado do Ambiente, entidade que delegou ao ICNB a tarefa de "efectuar, durante o Verão, o levantamento dos locais apropriados para a pesca nocturna".

António Neves realça que o principal critério de escolha dos pesqueiros "tem a ver com a segurança oferecida pelas arribas", sendo, por exemplo, excluídas as que apresentam pouca solidez. E acrescenta que, além do movimento de pescadores, foram auscultadas diversas entidades, nomeadamente autarquias, Protecção Civil, capitanias, administrações hidrográficas e Direcções Regionais de Pesca do Algarve e do Alentejo.

O número total de pesqueiros onde será permitida a pesca à noite poderá mesmo vir a ultrapassar as duas dezenas, abrangendo extensas zonas de arribas (algumas com mais de dois quilómetros), nomeadamente em Sagres.

Actualmente, a pesca nocturna na Costa Vicentina está limitada a praias não-concessionadas e às praias concessionadas fora do período de época balnear, bem como a zonas entre molhes para lá do limite de 300 metros.


Fonte: Correio da Manhã

Reunião na Direcção Geral das Pescas e Aquicultura




De acordo com o comunicado anteriormente, ocorreu no passado dia 3 de Setembro, uma reunião entre a Direcção da ANPLED e a DGPA.
Segue em anexo a esta informação, relatório sobre a mesma.

A direcção da ANPLED tinha solicitado há uns meses à DGPA informação sobre o valor das coimas aplicadas desde Agosto de 2006, preferencialmente divididas por capitania.

Foi-nos entregue agora, uma relação com parciais regionais ( Norte - Centro e Sul ) e nacional, tendo sido informados que os valores por capitania por nós solicitado, não reflectia a realidade, porquanto o levantamento de autos é incubência da Policia Maritima , mas também, da GNR, que como se sabe não depende das capitanias. Esta relação, de acordo com a informação que nos foi prestada, reflecte o ocorrido entre Agosto de 2006 e Junho de 2009.
Segue em anexo a relação que nos foi entregue
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REUNIÃO NA DGPA


Em representação da DGPA:
Sr.ª Subdirectora Geral Dr.ª Maria Helena Figueiredo
Sr.ª Chefe de Divisão dos Recursos Internos, Dr.ª Cristina Rosa.


Em representação da ANPLED:
João Borges
Fernando Sousa


Feitas as apresentações, a reunião teve início com a intervenção da Sr.ª Subdirectora Geral Dr.ª Maria Helena Figueiredo, informando que esta reunião esteve agendada para 29 de Junho, mas que desconhecia os motivos da sua não realização.


A ANPLED informou, nunca ter sido notificada desse agendamento pelo que insistiu nos pedidos para que esta reunião tivesse lugar.


Com a presença da Dr.ª Cristina Rosa, que tinha estado presente na reunião realizada na Secretaria do Ministério da Agricultura e Pescas e era conhecedora e portadora das questões e propostas de alteração à legislação, que a ANPLED havia transmitido ao Senhor Secretário de Estado, entenderam os representantes desta, fazer uma rápida abordagem sobre essas questões e dar maior realce a questões com maior dependência das decisões da DGPA, tais como a fiscalização e modo de actuação desta, os locais de proibição e sua sinalização, bem como as licenças para reformados.


Aproveitando a oportunidade, a ANPLED inquiriu a Dr.ª Cristina Rosa, sobre a utilização da toneira através de cana (dúvida levantada em reunião na Secretaria de Estado), a qual tinha ficado de esclarecer após consulta da legislação.


A Dr.ª Cristina Rosa, confirmou a restrição da utilização da toneira através de cana.


A ANPLED invocou as definições da portaria para linha de mão e cana de pesca, para dizer que ambas são idênticas, pelo que ambas se enquadram nas definições para a utilização da toneira.


A Dr.ª Cristina Rosa justificou a legislação, invocando que a toneira é um aparelho utilizado pelos pescadores profissionais e estes o utilizam apenas em linha de mão, pelo que não há razões para que na pesca lúdica e desportiva seja diferente.


Abordado o período de defeso do sargo, foi transmitido à Dr.ª Maria Helena Figueiredo, que a ANPLED e os pescadores lúdicos e desportivos, são contrários à sua instituição, nos moldes em que o mesmo foi instituído. São contrários, porque o Ministério do Ambiente diz não haver escassez de recursos e também por não ter qualquer impacto na preservação da espécie, uma vez que o mesmo não se aplica à pesca profissional. Por estas razões, os pescadores lúdicos e desportivos, são contrários a todo e qualquer período de defeso, cujo cumprimento não abranja também a pesca profissional.


A Dr.ª Maria Helena Figueiredo, mostrou-se compreensível com tais razões, mas invocou razões subsistência e de direito ao trabalho, para que tais períodos de defeso sejam extensíveis à pesca profissional. É muito complicado “mexer” com questões que impõem restrições a uma actividade profissional, disse.


A ANPLED argumentou que a ser assim, o que os pescadores lúdicos e desportivos pedem, é o fim do período de defeso do sargo. Assumem a sua reduzidíssima quota de responsabilidade no contributo para a eventual diminuição da espécie, mas não aceitam, que aqueles que
praticam a devastação da mesma, o façam impunemente por falta de fiscalização e sem quaisquer restrições. Os pescadores lúdicos e desportivos, testemunham muitas vezes essa devastação e outras situações de pesca ilegal. Infracções que requerem a intervenção dos agentes fiscalizadores e o que consta são que muitas das denúncias telefónicas feitas para as capitanias, ficam sem resposta efectiva com o argumento da falta de meios. É por isso necessário o reforço de meios e um melhor desempenho das acções de fiscalização.


A Dr.ª Maria Helena Figueiredo, confirmou que a DGPA é conhecedora de situações em que os pescadores profissionais se fazem passar por pescadores lúdicos, como é o caso de muitos profissionais que deram as embarcações para abate, mas continuam a actividade como falsos lúdicos, ou seja, profissionais. Outra situação, em que existe alguma actividade de falsos lúdicos, verifica-se em regiões como a Costa Vicentina, mas essas são situações que estão enraizadas e muitas delas são situações de subsistência. Embora os meios não sejam os suficientes, a fiscalização actua.


A ANPLED informou ser conhecedora de situações de sabotagem dos meios de fiscalização, ao que a Sr.ª Subdirectora informou estar a DGPA a tomar medidas para por cobro a essas situações, dotando os seus inspectores com viaturas descaracterizadas, ou de uso pessoal.


A ANPLED contrapôs, que os pescadores lúdicos e desportivos são parte interessada em defender os recursos e estão empenhados em denunciar os atentados e infracções com que se confrontarem. Para que tal seja mais fácil a todos os seus associados, a ANPLED inseriu no verso do cartão de associado, os números telefónicos das entidades com responsabilidades na fiscalização, entre as quais constam a DGPA e as Capitanias

Sendo o tema fiscalização, a ANPLED solicitou os dados estatísticos anteriormente requeridos, sobre as acções de fiscalização e valores das coimas aplicadas à pesca lúdica e desportiva.


A Dr.ª Maria Helena Figueiredo, informou que tais dados estavam disponíveis desde Junho.
Após a entrega desses dados, passou a enumerar os locais com registo de maior número de infracções, realçando que desses números, fazem parte alguns processos que envolvem falsos lúdicos, dando como exemplo o de alguns ex-profissionais que deram as embarcações para abate, bem como outros que numa primeira acção de fiscalização se fizeram passar por lúdicos, mas acabaram por ser detectados em infracção por várias acções de fiscalização, o que não deixa duvidas quanto à sua actividade. Fez menção ao parque Luís Saldanha, como sendo o local onde mais infracções têm sido identificadas.


A ANPLED, chamou a atenção para a importância das suas propostas de alteração da legislação, como são os casos da sinalização e revisão dos locais de proibição. A falta de sinalização é certamente o maior factor para a forte incidência de infracções verificadas nos parques Luís Saldanha e PNSACV. Não existindo sinalização nos locais de proibição, é difícil senão impossível, identificar através dos mapas e coordenadas, os locais interditos à pesca lúdica. Da mesma forma, é também impossível ao pescador lúdico, identificar os limites de concessão das praias, pelo que consideramos que a falta de sinalização dos locais interditos, contribui para que o pescador menos informado e conhecedor da região, esteja a transgredir sem conhecimento do facto.


A Dr.ª Maria Helena Figueiredo, informou, que tem sido recomendado aos agentes fiscalizadores, que perante uma primeira infracção, devem ter uma acção mais pedagógica junto do infractor, sendo conhecedora que essa tem sido uma prática comum.
Embora a sinalização possa ser retirada, reconheceu que a mesma é útil e que a sua inexistência contribui para a ocorrência de infracções. Por tal facto, tem a DGPA, na sua pessoa, procedido ao arquivamento dos processos, em que numa primeira vez, o infractor argumenta o desconhecimento da proibição de pescar no local da infracção. A excepção a esta regra tem sido os casos em que se verifica reincidência.


Tanto a Dr.ª Maria Helena Figueiredo, como a Dr.ª. Cristina Rosa, tomaram apontamentos, dizendo que em futuras reuniões com os responsáveis pelos parques naturais, iriam recomendar a instalação de sinalização nos locais de proibição.


Para reforçar a sua posição sobre os locais de proibição, a ANPLED, solicitou a revisão dos locais de proibição nos centros urbanos, ainda que em regime de exclusividade, afim de permitir aos portadores de deficiência, a pratica de pesca lúdica em locais de mais fácil acesso, sem que tenham de recorrer a locais, onde a sua integridade física é colocada em risco.


A Dr.ª Cristina Rosa questionou-se sobre o porque de as associações de deficientes, não se terem manifestado sobre tal assunto.


A ANPLED disse também desconhecer os motivos e achar tal facto estranho, ainda mais, quando se no seio de uma associação de deficientes bastante conhecida, existem núcleos de pescadores.


A Dr.ª Maria Helena Figueiredo confirmou que a proibição de alguns locais é limitadora para pessoas com deficiência, tendo tomado apontamentos, não sem antes se ter questionado como é que iria ser feita a identificação da pessoa com deficiência, recordando-se então que poderia ser através do cartão de que habitualmente são portadores e os identifica.


Em seguida a ANPLED, recordando as declarações do Sr. Secretário de Estado da Agricultura e Pescas, solicitou também à DGPA, a revisão do licenciamento para maiores de 65 anos, cancelando a obrigatoriedade de serem portadores de licença.


A Sr.ª Subdirectora tomou apontamentos, dizendo que aquando da elaboração da nova tabela de licenças, essa situação iria ser abordada e analisada.


Por fim a ANPLED abordou as limitações à pesca nocturna no PNSACV, dizendo que era conhecedora da realização de reuniões para definição da legislação, mas que lamentavelmente a tutela continuava a optar por não ouvir os praticantes, fazendo aquilo que bem entende, ainda que seja errado. Os pescadores e neste caso concreto, os pescadores locais, tal como a ANPLED, não irão aceitar, a forma como os seus interesses e o futuro da actividade têm sido tratados. A ANPLED foi criada para defender os interesses da pesca lúdica e desportiva e os recursos naturais. Somos favoráveis ao diálogo e como tal pretendemos ser parte activa nas definições do que à actividade diz respeito. Como tal, não “vemos com bons olhos” que tais definições, sejam resolvidas sem ouvir os pescadores.


A Dr.ª Maria Helena Figueiredo e a Dr.ª Cristina Rosa, informaram que iriam ter uma reunião com os responsáveis pelo PNSACV e que iriam chamar a atenção para tal facto.


Terminada a reunião, a ANPLED agradeceu a disponibilidade da DGPA em ter recebido a ANPLED, tendo a DGPA agradecido a intervenção e colaboração que a ANPLED tem prestado.

Fonte: ANPLED