A próxima manifestação de protesto contra o novo regime da pesca lúdica no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV) já tem data marcada. Será no dia 14 de Março, sábado, às 16 horas, às portas da sede do PNSACV, em Odemira.
Após o sucesso da manifestação de domingo passado, em Sagres, os pescadores lúdicos do Algarve e Alentejo voltarão a juntar-se, no concelho de Odemira, para mostrar a sua revolta. Os praticantes exigem a suspensão imediata da nova Portaria.
Segundo comunicado do Movimento pela Revisão da Portaria 143/2009, constituído por praticantes residentes nos concelhos de Vila do Bispo, Lagos, Lagoa, Portimão e Silves, «o intuito deste Movimento prende-se com acções socialmente responsáveis, dentro da legalidade e num âmbito de respeito por todos os intervenientes, repudiando qualquer tentativa de aproveitamento político-partidário».
É que, na manifestação de domingo, participaram representantes dos partidos, que aproveitaram os órgãos de comunicação social para mostrarem que apoiavam os pescadores. Estiveram por lá o deputado do PSD Mendes Bota, o deputado do PCP José Soeiro, ou mesmo o candidato do PS à Câmara de Vila do Bispo Adelino Soares.
O Movimento rejeitou ainda a hipótese do corte de estradas e do incitamento ao boicote às eleições, pois apenas querem «dialogar com todas as entidades responsáveis».
Assim, este movimento cívico de pescadores quer a alteração de «seis pontos essenciais no entendimento de todos os pescadores lúdicos que aderiram ao abaixo-assinado», garantiram em comunicado.
As alterações que propõem são a permissão da pesca lúdica durante os sete dias da semana, no período nocturno, autorização para que o total de limite diário de captura seja igual ao estabelecido na Portaria 144/2009, ou seja 10Kg por pescador, e a permissão da apanha a todos os cidadãos do território nacional.
Por outro lado, o movimento pretende que sejam revistas as medidas que regulam o período de defeso do sargo, tanto a nível do espaço temporal, como geográfico ou área abrangida.
O defeso deveria assim ser feito apenas nas áreas de desova e abarcando todo o tipo de pesca.
A útima medida que apontam como alvo de revisão seria a que regula as zonas de interdição. o movimento acredita que a persca lúdica deveria ser permitida entre a Ponta da Baleeira e a Foz do Benaçoitão, restringindo a proibição aos Ilhotes do Martinhal.
Fonte: Barlavento Online
2 comentários
Não se esqueçam de participaR AO gOVERNO cIVIL, POR CAUSA DAS TRETAS.
Até vou de Braga manifestar-me em Odemira.
Nem pensem em não levar a sério os manifaestantes .
Ordeiramente não quer dizer falta de determinação, mas um aviso de perseverança.
Sou um pescador que pesca umas 3 ou 4 vezes em cada 5 anos, mas não admito esta falta de liberdade.
E detesto a arrogância do ICNB e do MAOTDR. Segundo vinha no jornal o Público um dirigente do ICN em 2000 mais ou menos pediu licença sem vencimento para vir Guerrear ca para fora, e veio cá para fora dar pareceres ao grupo que queria fazer e levar avante o Freeport.
Depois de terminada a empreitada com êxito regressou ao seio do Estado.
Imaginem agora os juízes, pedirem licença sem vencimento, virem dar pareceres e proporem acções para depois a julgarem pelos amigos...
Não terá sido bem assim, não é?
A CGD também comprou umas acções de um capitalista da Cimpor por um preço mais elevado que o da Bolsa para que este pagase a d+ivida que contraíu para comprar acções.
Certamente há muitas justificações para o que estão a fazer aos dinheiros do Estado que são os nossos dinheiros.
Porém, essas explicações, a meu ver, são idênticas às que o MAOTDR deu para as proibições da pesca desportiva.Desculpas esfarrapadas.
Haja moralidade, ou então comemos todos e a gamela não chega para todos.
Portanto tem mesmo que haver moralidade, quer queiram, quer não.
Aristides Ferreira.
Boas Aistides Ferreira
"Não se esqueçam de participaR AO gOVERNO cIVIL, POR CAUSA DAS TRETAS.
Até vou de Braga manifestar-me em Odemira.
Nem pensem em não levar a sério os manifestantes .
Ordeiramente não quer dizer falta de determinação, mas um aviso de perseverança.
Sou um pescador que pesca umas 3 ou 4 vezes em cada 5 anos, mas não admito esta falta de liberdade."
Julgo que já a devem ter participado ao Governo civil!
Realmente, ninguém pode ficar indiferente a tão grotesca falta de consideração e de sensibilidade para com quem por um lado vê as suas tradições se dissiparem sem mais nem menos e por outro, nós os pescadores que fazemos e vemos neste desporto uma maneira de estar em contacto com o "MAR" e
tudo o que de belo contêm!!!
De facto, cada vez mais vou tendo vergonha deste Portugal, mas a luta continua e juntos jamais seremos vencidos!
Um bem haja e obrigado pelo seu comentário.
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