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Investigador alerta ..........

...... para perigo de a indústria mundial das pescas se autodestruir se não houver limitações


A indústria mundial das pescas corre o risco de se autodestruir caso não sejam impostas limitações à actividade e tomadas medidas com objectivos a longo prazo. De acordo com Daniel Pauly, um especialista em gestão de recursos marinhos a quem hoje é atribuído um doutoramento 'Honoris Causa' pela Universidade do Algarve, a indústria das pescas tem um comportamento "suicida" e corre o risco de autodestruir-se se não forem tomadas medidas que limitem a actividade.


"É preciso reduzir a taxa de exploração marinha porque menos pesca significa melhor economia pesqueira", disse aquele cientista, sublinhando que esta é uma das soluções para a sustentabilidade do sector.


Daniel Pauly falava à agência Lusa, à margem da palestra que hoje proferiu na Universidade do Algarve, a propósito do impacto mundial da pesca e do aquecimento global nos ecossistemas marinhos.


Segundo aquele investigador, as autoridades ligadas à gestão das pescas deviam escutar mais os cientistas, que têm em vista a sustentabilidade a longo prazo e não os políticos que têm uma visão a "curto termo".


Daniel Pauly aproveitou ainda para sugerir às autoridades locais que promovam a diminuição da apanha de peixe para que as espécies possam adaptar-se melhor aos efeitos das alterações climáticas nos sistemas marinhos.


"Se reduzirmos a quantidade de peixe apanhado no mar existem mais probabilidades de as espécies lidarem melhor com a mudança", referiu, porque o problema está a agravar-se "e só algumas espécies triunfarão".


Por outro lado, Daniel Pauly refere que a pesca de pequena escala pode ser mais sustentável e proteger mais as espécies, uma vez que não cobre toda a área de distribuição do peixe como acontece com a pesca de larga escala.


Daniel Pauly, de nacionalidade francesa, é actualmente o investigador principal do projecto "Sea Around Us" do Centro de Pescas da Universidade de British Columbia, no Canadá.


Em conjunto com Emygdio Cadima, investigador da Universidade do Algarve também na área da gestão dos recursos marinhos.

Fonte:Público


Atenção: Daniel Pauly é especialista em gestão de recursos marinhos, que  com a sua opinião, mais uma vez prova que não é a pesca apeada, a actividade principal responsável pelo declinio dos recursos marinhos, refere por outro lado que até protege e é mais sustentável.

Será que este governo não lê estes estudos ????  "Á e tal, faz-se um defeso lá para o PNSACV que resolve o assunto!!" Leis feitas em cima do joelho, é o que é!!

2 comentários

PêJotaFixe 31/01/10, 12:19

Amigo Américo,
Com tudo isto que está aqui escrito e ainda continuam a teimar em manter a proibição de pesca ao Sargo no PNSACV por parte dos pescadores apeados. Uma vergonha! Será que os nossos governantes não lêm estes artigos?

Abraço e saudações piscatórias

Américo Neves 01/02/10, 21:46

Boas Paulo

Costuma-se dizer, que mais cego é aquele que não quer ver e é precisamente isso que o governo faz, "vista grossa".
Não sei o que mais será preciso para que abram os olhos!!

Um abraço