O Governo recuou nas restrições à pesca lúdica na Costa Vicentina devido aos protestos dos autarcas e dos pescadores, mas acabou por abrir uma frente de batalha com os ambientalistas. Estes reclamam a reintrodução das normas anteriores, considerando que se está perante uma "lamentável" cedência "a pressões".
De acordo com Francisco Moreira, dirigente da Liga para a Protecção da Natureza (LPN), "as alterações não fazem qualquer sentido", vindo a "anular ou reduzir os efeitos positivos das que constavam na anterior portaria".
Para a LPN, a diminuição do período de interdição à captura de sargos – que passou de três para dois meses – volta "a aumentar a pressão durante um período sensível do ciclo de vida desta espécie", ou seja, na "desova". Outro motivo de crítica prende-se com o facto de ter aumentado a quantidade diária de peixes que pode ser capturada, dado que o exemplar maior já não conta para o cálculo do limite máximo de 7,5 quilos .
A LPN defende que os verdadeiros pescadores lúdicos deviam perceber que "são os primeiros a ganhar com a preservação dos recursos na Costa Vicentina" Defende ainda um reforço da vigilância e fiscalização, bem como o alargamento das restrições a toda a costa portuguesa e uma regulamentação mais apertada para a pesca profissional.
Fonte: Correio da Manhã
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